NO RETORNO DAS FÉRIAS, VEREADORES QUEIXAM QUE JANAÚBA PERDEU RECURSOS DE R$ 700 MIL QUE SERIAM PARA OS BAIRROS GAMELEIRA E BOA VISTA

• A demora na regularização fundiária é questionada e presidente informa que o projeto para uso do dinheiro do pré-sal está com o Secretário de Planejamento e que se encontra em férias 

• Na reunião, vereador menciona que prefeitura se preocupa em licitar cinco bicicletas elétricas: “Será que os secretários municipais trocarão os carros pelas bicicletas elétricas?”, indagou o vereador, que três anos atrás alertou sobre a possível "compra" de 2.500 chibancas/picaretas
• Vereadores ainda falaram sobre a falta de pagamento do 13º salário de 2019 e salário defasado e atrasado dos servidores do Hospital Regional 

Foto reprodução Tv Serra Geral

Plenário da Câmara Municipal de Janaúba na reunião ordinária desta segunda-feira, dia 3 de fevereiro de 2020.

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – Com a presença dos 15 vereadores e durante quase uma hora e meia, a Câmara Municipal de Janaúba realizou na noite desta segunda-feira, dia 03 de fevereiro, a primeira reunião ordinária de 2020. Alguns assuntos pertinentes aos anseios das comunidades foram citados. Contudo, o que notou foi a falta de ritmo dos vereadores nas discussões como teria sido no final do ano passado. A explicação para isso talvez seja pelo fato de que os vereadores ficaram de “férias”, quer dizer, recesso parlamentar por um mês e meio.

Entre os assuntos sustentados pela maioria dos parlamentares municipais estão a desvalorização dos profissionais que atuam no Hospital Regional, que é mantido pela Fundação Hospitalar de Janaúba e ligado à prefeitura. Com a falta de plano de cargo e salário aliado ao constante atraso no pagamento salarial defasado, os profissionais dessa unidade hospitalar estão sem receber o 13º salário.

Com relação a isso, na reunião legislativa foi citada a sugestão para que a prefeitura destine recursos para sanar essa pendência com os funcionários do hospital, sobretudo diante do recebido de recurso adicional de quase R$ 2 milhões oriundos do bônus do pré-sal. A respeito disso, a mesa diretora da Câmara informou que até então a prefeitura não enviou ao legislativo local o projeto de lei que autoriza o uso do dinheiro (quase R$ 2 milhões) do pré-sal, uma vez que o secretário de Planejamento da prefeitura se encontra em férias.

JANAÚBA PERDEU R$ 300 MIL PARA QUADRA NO BAIRRO GAMELEIRA

Por falar em recurso financeiro, nesse início do último ano da atual legislatura, os vereadores queixaram a perda de mais de R$ 700 mil a serem aplicados em benefícios de pelo menos dois bairros de Janaúba. A explicação para isso, segundo os vereadores, é devido a falta de escritura de bens públicos.

RECURSO DE R$ 400 MIL SERIA PARA O BAIRRO BOA VISTA

No bairro Gameleira seriam investidos R$ 300 mil na construção de arquibancada e cobertura de quadra poliesportiva. Ainda conforme os vereadores, Janaúba perdeu R$ 400 mil de recurso destinado para benefícios no bairro Boa Vista.

A Câmara Municipal aprovou em 2017 o projeto sobre a regularização fundiária urbana. No entanto, conforme foi expressado pelos vereadores em plenário nesta segunda-feira, dia 3 de fevereiro, a reurbanização (reurbe) em Janaúba não avançou. Muitos proprietários de imóveis, inclusive a prefeitura, não podem obter a escrituração do terreno ou da edificação devido à morosidade dessa regularização fundiária.

BICICLETA ELÉTRICA

Ainda na reunião ordinária nesta segunda-feira, dia 3, o vereador Ramon Araújo teria dito que vem acompanhando as reuniões do setor de licitação na Prefeitura de Janaúba e que numa delas observou a preocupação da administração em licitar cinco bicicletas elétricas as quais, informou o vereador, serão para economizar combustíveis dos veículos.

“Será que os secretários municipais trocarão os carros pelas bicicletas elétricas?”, indagou o vereador que no início do mandato da atual gestão teria tornado público a licitação da prefeitura pela compra de aproximadamente 2.500 chibancas. “Para que tantas picaretas”, argumentou o vereador na época. A licitação foi alterada e a alegação teria sido erro de digitação e a quantidade reduziu em torno de 80% a 90%.