MONTES
CLAROS – A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal,
deflagrou na manhã desta segunda-feira, dia 18 de abril, a Operação “Máscara da
Sanidade II - Sabotadores da Saúde”, com objetivo de prender o atual prefeito
de Montes Claros e a atual secretária de saúde.
A
operação consiste no cumprimento simultâneo de 08 mandados judiciais: 04 mandados
de busca e apreensão (residência dos acusados, prefeitura e secretaria de
saúde), 02 mandados de busca pessoal, a fim de apreender celulares e
smartphones (prefeito e secretária de saúde), além de 02 mandados de prisão preventiva
(prefeito e secretária de saúde), expedidos pelo Tribunal Regional Federal da
1ª Região, em Brasília/DF.
As
investigações demonstraram que os acusados, direta e indiretamente, valendo-se
de meios fraudulentos, intentaram destruir e/ou inviabilizar a existência e o
funcionamento dos hospitais públicos (Hospital Universitário Clemente Faria) e
filantrópicos (Santa Casa de Misericórdia, Fundação Aroldo Tourinho e Fundação
Dilson Godinho), todos de Montes Claros, que atendem pelo SUS uma população de
aproximadamente 1.600.000 pessoas, distribuídas nos 86 municípios situados no
Norte de Minas Gerais. À guisa de exemplo, em outubro de 2015, os presos
promoveram a retirada de cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil
exames dos hospitais, deixando de prestar os correspondentes serviços pela rede
municipal, causando graves prejuízos à população de quem os serviços foram
suprimidos.
Com
isso, os acusados pretendiam favorecer ao hospital privado (não filantrópico)
Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira (ou Âmbar Saúde), pertencente e
gerido, de fato, pelo prefeito municipal, seus familiares e respectivo grupo
econômico.
De
julho de 2015 até o presente momento, o prefeito de Montes Claros,
utilizando-se indevidamente de verbas públicas para dar vazão ao seu projeto
criminoso, valendo-se do cargo público ocupado, tem divulgado nos principais
veículos de comunicação uma ampla e intensa campanha difamatória contra os
hospitais público e filantrópico “concorrentes”, inclusive lançando mão de
dados e informações falsas.
Os
presos, já denunciados junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de falsidade
ideológica majorada (art. 299 do Código Penal), dispensa indevida de licitação
pública (art. 89 da Lei 8.666/93), estelionato majorado (art. 171, § 3º),
prevaricação (art. 319 do Código Penal) e peculato (art. 1º, II, do Decreto-Lei
201/67). Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30
anos. (Fonte: PF)
NOTA
OFICIAL – PREFEITURA DE MONTES CLAROS
A
Prefeitura de Montes Claros recebeu com serenidade a decisão do Desembargador
Ney Bello, determinando a prisão do prefeito Ruy Muniz e da secretária da
Saúde, Ana Paula Nascimento.
O
prefeito Ruy Muniz permanece no pleno exercício do cargo; todos os órgãos da
Administração continuam funcionando normalmente.
Ao
cobrar profundas mudanças no sistema de saúde de Montes Claros, em defesa da
população, o prefeito contrariou interesses e provocou forte perseguição
política.
A
Prefeitura tem plena convicção de que a decisão, absurda, será revertida e a
Justiça prevalecerá.
CONFIRA
A ÍNTEGRA DA NOTA DO PREFEITO
Ruy
Muniz e Ana Paula Nascimento são pessoas de bem, altamente qualificadas,
possuem endereço fixo e prestam um serviço público acompanhado diariamente por
centenas de servidores municipais, estaduais e federais.
Não
há razão jurídica para prisão preventiva dos mesmos por não haver risco a ordem
pública, nem perigo de fuga dos acusados e nem haver qualquer indício de
obstrução da justiça. Há simmotivação política na ação do Ministério Público
Federal em tratar a questão dos contratos dos hospitais de Montes Claros junto
ao Sistema Único de Saúde de forma a criminalizar ações de governo legítimas,
embasadas em pareceres técnicos de servidores concursados que concluíram que os
serviços contratados não estavam sendo plenamente prestados.
Ruy
Muniz e Ana Paula já prestaram espontaneamente esclarecimentos aos órgãos de
controle do Estado e da União. Não há desvio de recursos públicos. Não há
nenhum desvio de conduta por parte dos gestores da saúde municipal. Todos os
recursos são aplicados sob o intenso crivo do Conselho Municipal de Saúde e da
Secretaria Estadual da Saúde, atual detentora do poder de contratar prestadores
hospitalares.
A
divergência política impera no caso da gestão da saúde do município de Montes
Claros. De um lado toda a equipe técnica da Prefeitura Municipal liderada pela
Secretária de Saúde e seu Prefeito Municipal com a clara filosofia de contratar
produtos e serviços à preços justos, auditar os prestadores e pagar pelo que
efetivamente é entregue. De outro um grupo político claramente alinhado aos
prestadores e ao Governo do Estado. Visam única e exclusivamente um projeto de
poder destrutivo que aparelha instituições públicas. Estão insatisfeitos com
perda de privilégios junto a Prefeitura e manifestam público desejo de vingança
e atua em diversas frentes para desestabilizar a gestão do Prefeito Ruy Muniz.
A
Prefeitura de Montes Claros implantou a secretaria de Prevenção e Combate à
Corrupção e mantém ações constantes em prol da preservação do patrimônio
público. Num país que passa por uma crise política, econômica e ÉTICA, a atual
gestão adotou o lema TOLERÂNCIA ZERO ÀCORRUPÇÃO. Todos os serviços da
Prefeitura continuarão em regime de NORMALIDADE. As escolas municipais
funcionarão normalmente, as unidades de saúde atenderão dentro da rotina usual,
a limpeza urbana e todos os demais serviços continuarão à disposição dos
cidadãos.
Queremos
acreditar que o timing dessa decisão judicial e consequente ação policial não
tenha relação com os fatos ocorridos no dia 17 de abril. Ainda estamos checando
as informações, datas e solicitando a cópia integral da decisão judicial. Temos
fé nas instituições brasileiras. Confiamos na justiça e respeitaremos qualquer
decisão judicial, ainda que não concordemos com o seu teor.
Solicitamos
a todos os que apoiam nosso projeto que se mantenham vigilantes para qualquer
arbitrariedade. Não temos nada a esconder.
Somos
pessoas de bem e estamos à disposição da justiça e da sociedade para qualquer
esclarecimento.
Assessoria
do Prefeito Ruy Muniz
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