ADVOGADO CITADO CONTESTA DENÚNCIA E AFIRMA QUE
LICITAÇÃO OCORREU DENTRO DA ESTRITA LEGALIDADE
EM NOTA, O EX-PREFEITO JOSÉ BENEDITO SE DEFENDE:
“EXPANDIMOS A LIMPEZA PÚBLICA PARA TODOS OS BAIRROS E DISTRITOS”
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – O Juiz de Direito Ériton José Sant’Ana Magalhães,
substituto da 2ª Vara da Comarca de Janaúba, decretou a indisponibilidade dos
bens móveis e imóveis pertencentes a um grupo de 10 pessoas e três empresas até
o limite de R$ 60.868.851,04 referente à
ação pública por ato de improbidade administrativa proposta pelo Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG).
A
decisão judicial foi na terça-feira, dia 14 de novembro, na qual ainda consta o
afastamento dos sigilos fiscais e bancários das pessoas e empresas citadas no
processo. O Ministério Público cita ilegalidades em procedimento licitatório de
prestação de serviço de coleta de lixo no município (confira AQUI ).
O
caso se deu na gestão do prefeito José Benedito Nunes Neto (2009 a 2012) em
processo licitatório ocorrido no final de 2010. A ação pública é contra o
ex-prefeito José Benedito Nunes Neto, Alcides Pereira Machado, Ricardo Paulinelli
Batista Machado, Fernando Henrique Batista Machado, Moacir Nascimento de Carvalho,
Oscarlino Fernandes de Souza Neto, Ady Wesley Silveira Dias, José Luiz Nunes, Ana
Lúcia Andrade de Aguiar Gomes e Moacir Veríssimo Leles e as empresas Construtora
Conserv Construções, Locações e Serviços Ltda ME, Construção e Locação de Máquinas
Silveira Dias Ltda e Lottra-Locação, Terraplenagem e Transportes Ltda.
O
site do jornalista Oliveira Júnior tentou contato com os envolvidos nesta sexta-feira, dia 17 de novembro. Ady Wesley
retornou ao contato, mas por enquanto não manifestou a respeito do assunto. Até
o presente momento (edição desta matéria, às 23h32 desta sexta-feira, dia 17), o ex-prefeito José
Benedito, o advogado Ricardo Paulinelli, Alcides Machado e Fernando Henrique
Machado manifestaram.
Em
nota ao site do jornalista Oliveira Júnior, o advogado Ricardo Paulinelli disse
que ele, Fernando Henrique e Alcides não teriam sido notificados formalmente do
teor das alegações do MPMG e muito menos das provas produzidas pelo referido
órgão. “Todavia queremos informar que a referida licitação, ocorrida no final
do ano de 2010, ou seja, há 7 (sete) anos, ocorreu dentro da estrita
legalidade, o que será provado por meio do devido processo legal, com todos os
meios de defesa e de produção de provas admitidos em Direito”, mencionam.
“Sabe-se
que infelizmente, neste momento no Brasil, todas as pessoas que se dispõem a se
envolver com a coisa pública estão sendo criminalizadas; estão sendo apontadas
como criminosas e execradas na mídia corporativa seletiva, que só divulga
informações processuais que convém e sempre com viés político-partidário”,
completa a nota emitida por Alcides, Ricardo e Fernando Henrique.
Eles
argumentam que é notório e incontroverso que por muitas vezes a exposição
dessas pessoas tem o intuito de tirar o foco de outros problemas maiores que
afligem a nossa sociedade. “Reiteremos que usaremos de todos os meios legais
para provar a total improcedência das acusações do MPMG”, cita o advogado Ricardo
Paulinelli ao finalizar a nota dizendo que ele juntamente com Fernado Henrique
e Alcides Machado acredita na Justiça dos homens e mais na Justiça Divina.
O
ex-prefeito José Benedito afirma, em nota, que desconhece oficialmente a
decisão judicial. Esclarece que foi vice-prefeito e em seguida eleito prefeito
de Janaúba, para o período 2009 a 2012. “Montamos uma equipe técnica de alto
nível e mantivemos servidores considerados qualificados, que vinham da gestão
anterior”, informou.
José
Benedito ressalta que em sua gestão enfrentou a questão da destinação de
resíduos, que deixavam a desejar, com vários pequenos lixões espalhados pela
cidade e a coleta era feita por carroças e caminhões abertos. Na nota, o
ex-prefeito menciona que na sua administração foi implantado um aterro sanitário
licenciado, em parceria com a Codevasf/Governo Federal. “Adotamos o rodízio da
coleta em caminhões compactadores, e um sistema de destinação de resíduos que
foi elogiado pela Associação Mineira de Municípios (AMM)”, justificou José
Benedito,
O
ex-gestor menciona que na sua gestão houve a expansão da limpeza pública para
todos os bairros e distritos. Segundo ele, foi desenvolvida a conscientização
pelo fim da queima de lixo, destacando-se ainda que a varrição na região
central era feita todos os dias. “Fizemos a maior e mais efetiva mobilização da
população, na implantação da coleta seletiva em 100% do município, sendo modelo
para o Brasil”, explicou José Benedito ao acrescentar “o porquê de todo esse
intento contrário a minha pessoa? Não sei”.
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