Os
representantes e familiares dos outros suspeitos também negam a participação
deles, a produção da InterTV não conseguiu contato com representantes de outros
suspeitos. (Fonte: InterTV/Globo)
Fonte: no link http://g1.globo.com/mg/grande-minas/mgintertv-2edicao/videos/t/edicoes/v/confira-a-lista-dos-suspeitos-de-fraude-contra-o-dpvat-no-norte-de-minas/4112593/
UM DOS JUÍZES DO CASO
DPVAT NEGA PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRISÃO
O juiz da 2ª Vara
Criminal de Montes Claros Fausto Geraldo Ferreira Filho negou, na tarde desta
sexta-feira (17), o pedido de prorrogação da prisão temporária de 23 dos
suspeitos que foram presos durante operação "Tempo de Despertar", que
investiga a fraude no seguro DPVAT. O pedido foi feito pela Polícia Federal e
Ministério Público Estadual, que estimam um prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão.
Quatro advogados detidos
no Presídio Regional de Montes Claros já tiveram a prisão convertida em prisão
domiciliar na tarde desta sexta, e já estão em casa. O juiz Geraldo Fasto
concedeu a prerrogativa da prisão domiciliar a sete dos oito advogados presos
na operação, porém, os outros quatros também respondem a processos na comarca
da Janaúba, por isso ainda continuam no presídio.
Os envolvidos foram
presos na segunda-feira (13), e o prazo para encerrar a prisão temporária é a
meia noite desta sexta-feira. O juiz entende que neste período houve tempo
hábil para recolhimento de provas.
"De fato, a farta
prova documental que se objetivou produzir durante a prisão dos acusados já
está garantida. Por isso, não há necessidade de prorrogação da prisão
temporária", diz o juiz na decisão.
De acordo com o delegado
de prerrogativas da OAB, Warlem Freire, a decisão do juiz extingue, inclusive,
as prisões domiciliares. "É bom deixar claro que essa decisão se refere
apenas aos presos que respondem processos na comarca de Montes Claros". (Fonte:
G1 e InterTV/Globo)
PREJUÍZOS COM FRAUDES NO
DPVAT SÃO DE R$ 1 BI NO PAÍS, DIZEM MP E PF
Os órgãos que apuram as
fraudes no DPVAT, investigadas na operação “Tempo de Despertar”, apontam que os
prejuízos aos cofres públicos podem ser de R$ 1 bilhão em todo o Brasil. A
estimativa foi feita depois que o Ministério Público e a Polícia Federal
descobriram que, apenas no Norte de Minas Gerais, o rombo é de R$ 28 milhões.
Em decorrência das
irregularidades apuradas, 40 pessoas foram presas nesta segunda-feira (13), em
MG, BA e RJ. Entre os detidos há 14 empresários e pessoas ligadas a eles, um
policial militar, 11 policiais civis, sendo um delegado, três médicos, oito
advogados e três fisioterapeutas. Um empresário permanece foragido. A Justiça
expediu 229 mandados. Veja os nomes dos envolvidos.
“A seguradora Líder [que
administra o DPVAT no país] arrecada R$ 10 bilhões por ano, destes, 45% vão
para o Sistema Único de Saúde, o restante, mais de R$ 5 bilhões, são utilizados
para o pagamento de indenizações. Se 20% dos pagamentos forem feitos
irregularmente, há um prejuízo de R$ 1 bilhão, quando temos em vista que este
percentual pode ser ainda maior, entre 30% e 50%”, explica o promotor Guilherme
Roedel.
Fraudes em todo o Brasil
O delegado Marcelo
Freitas explica que na primeira etapa da investigação foram identificados os
núcleos locais envolvidos na fraude. Posteriormente, foi descoberta a relação
de membros dos grupos, como advogados por exemplo, que tinha ligação com
advogados em outros estados. Por isto, segundo ele, que a “Tempo de Despertar”,
embora tenha sido feita a partir de irregularidades em MG e por iniciativa de
autoridades do MP e da PF do Norte de Minas, se estendeu para outros dois
estados.
“A operação policial
neste momento focou em algumas das principais cidades de Minas Gerais, mas não
temos dúvidas de que a investigação irá se estender para outros estados do
território nacional, pois a fraude aqui estancada se estende por várias cidades
de todo o nosso país”, destaca o delegado Marcelo Freitas da PF.
Pioneirismo da operação e
conivência da Líder
De acordo com o que está
sendo investigado, o MP e a PF acreditam que as fraudes têm a conivência da
Líder. Este é, segundo as autoridades, o diferencial da operação “Tempo de
Despertar”. O dinheiro arrecadado irregularmente com as indenizações seria
dividido entre os envolvidos, inclusive com alguns membros da seguradora.
“A partir do momento em
que ela recebe uma porcentagem para cada acordo que é feito, não é interessante
combater esse tipo de fraude. Acreditamos que o recurso pago pelos cidadãos
deveria ser destinado ao governo, sem a participação da seguradora ou das
intermediadoras [empresas particulares que cobram percentuais para ajudar as
vítimas a dar entrada no seguro]”, fala o promotor Bruno Oliveira Muller.
Entenda o esquema
Para conseguir que o
seguro fosse pago, de acordo com o MP e PF, os envolvidos fraudavam documentos
como boletins de ocorrência, atestados médicos e procurações. Além disso,
conseguiam ter acesso a informações privilegiadas com dados de possíveis
vítimas por meio de funcionários de hospitais e policiais. Lesões causadas por
brigas entre casais, brigas em bares e partidas de futebol, eram atestadas como
se fossem provocadas em acidentes de trânsito.
Por iniciativa de
denúncias de juízes, que encaminhavam casos com indícios de fraude para o MP e
PF, que as investigações começaram. Apenas em Montes Claros, dos 60 mil
processos em tramitação, 10 mil são relacionados ao DPVAT.
“Quando a Justiça é
acionada, a presunção é de que se trata de algo legítimo. Mas conforme o
andamento das investigações, percebemos que o Judiciário é muitas vezes
induzido ao erro. O número enorme de demandas incentivou o próprio Judiciário a
estimular a realização dos mutirões, que de uma vez só acabam com três mil
processos, chancelando muitas vezes as fraudes”, fala o promotor Flávio Márcio
Lopes, que faz parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco).
Desdobramentos
Segundo o delegado
Marcelo Freitas, após a realização da operação, o MP e a PF estão recebendo ligações
de juízes de várias comarcas que querem entender como os grupos criminosos
agiam e quem são os envolvidos para saberem se eles movem processos nas áreas
de atuação deles.
Além disso, foi
encaminhada uma cópia do processo relativo à investigação para todos os juízes
de Minas Gerais. O documento também foi enviado para o corregedor de Justiça, o
Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público e o
Ministério da Justiça.
“Trabalhamos com a ideia
de que é preciso alterar completamente o modo de pagamento das indenizações do
seguro, que instituições bancárias e os Correios sejam utilizados, para evitar
que o pagamento seja feito por intermédio de seguradoras e empresas. Precisamos
criar mecanismo de enfrentamento efetivo, para que o cidadão, proprietário de
veículo automotor não seja extorquido como está acontecendo”.
Os envolvidos podem
responder por vários crimes como corrupção ativa e passiva, formação de
quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Tempo de despertar
O MP e a PF esclarecem
que o nome da "Tempo de Despertar" é uma alusão à necessidade de que
o cidadão não seja convivente com atos de corrupção.
“O cidadão que se envolve
nisso, não é enganado, faz isso de forma consciente em um momento em que a
população está indo às ruas contra a corrupção. Este tipo de fraude depende do
cidadão que quer uma indenização que ele não tem direito e acaba movendo este
sistema de corrupção”, diz Guilherme Roedel.
O que dizem os envolvidos
Por e-mail, a assessoria
de imprensa da Líder também disse que, desde 2012, denunciou 115 casos com
indícios de fraudes para a Polícia Civil na comarca de Montes Claros.
“Somente em 2014, foram
comprovadas pela Seguradora 7.076 tentativas de fraude contra o Seguro DPVAT e,
nesse mesmo período, foram oferecidas 4.102 novas representações criminais”
A Líder diz ainda que
fica evidente a contradição da acusação, uma vez que a seguradora combate às
fraudes em todo país.
“Repudiamos as
declarações do delegado federal e do promotor de justiça local que, em
entrevistas à imprensa, cometeram a imprudência de apontar, sem provas e sequer
indícios, a Seguradora Líder-DPVAT como envolvida no esquema fraudulento”.
A seguradora disse ainda
que os envolvidos não integram os quadros da empresa e aciona as autoridades ao
suspeitar de fraudes.
Os representantes das
Polícia Civil, Militar e da Ordem dos Advogados do Brasil destacaram que irão
acompanhar as investigações e não são coniventes com atos ilícitos. (Fonte: G1
e InterTV/Globo)
Comentários
Lugar de bandido e na cadeia e o povo tem que saber disso.
Porque s]ao sempre assim, a imprensa dependente de porqueiras.
Isso e mesmo uma vergonha
CELSO ANDRADE