Foto Taislaine
Antunes
Codevasf em Montes
Claros ocupada por sem terra e outros movimentos.
Cerca de 200 integrantes
do Movimento Sem Terra e de outros movimentos ocuparam na tarde dessa
quarta-feira, dia 11 de março, a sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf) em Montes Claros, no Norte de Minas.
Eles reivindicam a criação de novos assentamentos e defendem mudanças na reforma
agrária.
Pela manhã, cerca de 400
representantes do MST interditaram a BR-251 (VEJA AQUI) para cobrar mais agilidade na
reforma agrária, o direito a água e o desenvolvimento de novos assentamentos.
Ester Hoffmann, coordenadora do movimento, diz que o encontro dessa tarde visa
a implantação de kits de irrigação.
“A manifestação da parte
da manhã tinha como pauta geral a reforma agrária, pedindo uma agilização nos
processos tanto de criação dos assentamentos e de estruturação dos
assentamentos. Queremos discutir agora, os convênios realizados entre o Incra e
a Codevasf para perfuração que vai possibilitar a distribuição de água nos
assentamentos. Discutimos também a implantação dos kits de irrigação”, explica.
Ester conta que o
assentamento de São Francisco não tem água encanada. “Questionamos a situação
do assentamento do São Francisco, que existe há 12 anos e até hoje recebe água
de um caminhão pipa”, diz.
As manifestações que
estão sendo feitas em todo o país, também já foram realizadas em várias regiões
de Minas Gerais. A coordenadora do movimento explica que esta é uma maneira de
mostrar à população a situação que eles vivem e cobrar do governo mais
providências.
“Hoje, o dia 11 de março
é um dia de protestos, nós não estamos colocando somente pautas especificas,
mas pauta geral que é a reforma agrária em todo o país. As manifestações foram
feitas na região Norte, Sul, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Centro-Oeste de
Minas e Belo Horizonte. É preciso olhar para as famílias que estão acampadas há
anos e a situação nunca melhora”, desabafa.
Ester Hoffmann afirma que
a expectativa para o encontro é que traga soluções para os problemas
enfrentados. "Esperamos sair com respostas mais concretas, quanto a prazos
e a execuções dos convênios", encerra.
No fim da tarde dessa quarta-feira,
o superintendente da Codevasf, Dimas Rodrigues, recebeu os representantes do
MST para discutir os temas levantados pelo movimento. (Fonte: G1 Grande
Minas/InterTV/Globo)
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