FUNORTE FACULDADES DE JANAÚBA
COCOS-BA (por Oliveira
Júnior) – Pelo segundo ano consecutivo na cidade de Cocos, na Bahia, aconteceu
o Encontro de Técnicos em Agropecuárias (TAs) turma de 1983 da Escola
Agrotécnica Federal de Januária-MG. Durante três dias esses profissionais
oriundos de diversas cidades e de estados estiveram irmanados celebrando o
período de três anos de estudos, de convivência e de amizade que ultrapassa a
quatro décadas. O detalhe é que cada dia do reencontro corresponde a cada ano
convivido entre 1983 e 85.
Entre sexta-feira, dia 25
de julho, e esse domingo, dia 27, os colegas de internato (a grande maioria) e
externato vivenciaram momento especial e emocionante. Foi a terceira edição
desse encontro iniciado em 2023 justamente na cidade de Januária, onde tudo
começou 42 anos atrás. A partir daí houve a definição dos encontros serem
itinerantes. Cocos, na divisa dos estados da Bahia e de Minas Gerais, foi
escolhida para ser a primeira anfitriã dos agricolinos – os colegas TAs – no
ano passado. E isso se repetiu, em escolha democrática, para a edição deste
ano. Ainda não foi definido o local do encontro a acontecer em 2026.
Em dezembro de 2025
completam 40 anos que essa turma formou. Essa marca foi o tema do 3º Encontro
de TAs 85 concluído nesse domingo, dia 27 de julho. Foram algumas e importantes
horas juntos com muitas e boas lembranças de um período inesquecível e marcante
na vida de cada um que desembarcou em Januária em fevereiro de 1983. Eram quase
200 adolescentes e jovens que deixaram as suas famílias de várias cidades e
regiões de Minas Gerais e da Bahia em busca do conhecimento e da qualificação
profissional. Praticamente 80% dos estudantes pisaram pela primeira vez na
Escola Agrotécnica Federal de Januária (Colégio Agrícola) 42 anos atrás.
Naquela época as rodovias de acesso não eram pavimentadas e, sendo assim, um
dos obstáculos para a vontade de voltar para casa em qualquer folga. Muitos só
retornavam para visitar os familiares a cada seis meses, ou seja, duas vezes em
cada ano.
No semblante daqueles
garotos de 15 e 16 anos e dos rapazinhos de 17, 18 e 20 anos era visível o
misto de empolgação, da “liberdade” e também da saudade do confortável ambiente
familiar. Muitos com histórias antagônicas. A grande maioria conseguiu superar
as dificuldades graças à determinação em cumprir o objetivo traçado pela
família e também ao companheirismo. Eram quatro turmas – A, B, C e D – com
estudantes de idade e de cidades distintas no Ensino Integral. Pela manhã, duas
turmas em sala de aula e outras duas no campo. Na parte da tarde havia a
inversão. O foco era nos estudos com aulas teóricas e práticas. Quer dizer, os
agricolinos – novatos, emboabas e T.As, respectivamente do 1º ano, 2º e 3º ano
– estudavam e trabalhavam. A folga diária era à noite para descansar e também o
estudo facultativo. A grande maioria dormia no colégio. E assim foi nos três
anos.
Durante três anos, de
1983 a 1985, aqueles meninos, adolescentes e jovens conviveram situações
diversas em busca do conhecimento, da disciplina, da cidadania e do convívio
social junto aos colegas de faixas etárias distintas. Estão completando 42 anos
de vida em sistema internato e ensino integral longe das famílias. Três anos
juntos e com o objetivo em concluir o Ensino Médio Profissionalizante.
No final de dezembro de
1985 receberam o certificado: Técnicos em Agropecuária. Alegria, satisfação e
missão cumprida. Além da profissionalização, para muitos foi uma grande lição
de vida. Três anos juntos. Depois disso os destinos foram diversos em
conformidade com as oportunidades e a vocação. Os TAs 85 estão espalhados pelas
regiões brasileiras, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. E pelo terceiro
consecutivo a distância jamais foi pretexto para impedir o reencontro.
Entre sexta-feira e esse
domingo houve o 3º Encontro dos TAs 85. Oportunidade de rever, reforçar a
amizade e agradecer pela consideração e união. Quase 40 anos depois alguns dos
alunos se reencontraram. A saudação e o abraço eram manifestados
espontaneamente e sempre mencionando o nome de guerra (apelido) que cada um
recebeu assim que iniciou o estudo no Colégio Agrícola, sediado na fazenda São
Geraldo – hoje o campus do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG),
em Januária, em ambiente totalmente mudado do cenário que os TAs 85 encontraram
42 anos atrás. E a partir de hoje iniciam os preparativos para o próximo
encontro. Viva os TAs 85.
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