FUNORTE FACULDADES DE JANAÚBA
PREFEITO DE JANAÚBA, JOSÉ APARECIDO, E SECRETÁRIOS MUNICIPAIS PARTICIPAM DE MOBILIZAÇÃO DA CNM, EM BRASÍLIA-DF, E BUSCAM SOLUÇÃO PARA A REDUÇÃO DE RECEITA
- Gerar link
- Outros aplicativos
- CNM MOSTRA QUEDA NO REPASSE DO FPM E ICMS E ATRASO NO PAGAMENTO DE EMENDAS PARLAMENTARES
- DOCUMENTO DA CONFEDERAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APONTA QUE OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS TÊM FILA DE UM BILHÃO DE CIRURGIAS
Prefeito José Aparecido
Mendes e os secretários municipais de Janaúba Ailson Rocha (Obras e Serviços
Urbanos) e Fábio Cantuária (Administração, Fazenda e Recursos Humanos).
BRASÍLIA-DF – O prefeito
de Janaúba, José Aparecido Mendes Santos, se encontra em Brasília-DF onde nesta
terça-feira, dia 15 de agosto, e amanhã, quarta-feira, participa da Mobilização
Municipalista que é realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
para a resolução dos problemas de redução de repasses de recursos, caso do FPM,
para os municípios e que vem afetando a administração em Janaúba.
Durante os dois das
Mobilização Municipalista na sede da CNM, em Brasília-DF, o prefeito José
Aparecido e os demais gestores municipais debatem sobre a queda de arrecadação
enfrentada pelos Municípios e a defesa do movimento municipalista por uma
Reforma Tributária justa. Os secretários municipais Fábio Cantuária (de Administração,
Fazenda e Recursos Humanos) e Ailson Rocha (Obras e Serviços Urbanos)
acompanham o prefeito de Janaúba e levaram diversos projetos de interesse do
povo gorutubano e, na capital federal, vão em busca de recursos junto ao
Governo Federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Prefeito José Aparecido Mendes e o secretário municipal de Janaúba Fábio Cantuária (Administração, Fazenda e Recursos Humanos).
Na reunião que acontece
na sede da CNM, a entidade municipalista apresentou o desempenho da receita
primária, entre o período do primeiro semestre de 2022 e 2023, do saldo nas
contas das prefeituras e mostra as recentes quedas em receitas relevantes, como
no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e no Imposto de Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), além dos atrasos em emendas parlamentares
federais; e do aumento das despesas de pessoal, custeio e investimentos.
QUEDA NA RECEITA DO FPM E
ICMS
De acordo com o estudo, o
FPM, principal receita de sete em cada dez Municípios do país, fechou o
primeiro semestre com crescimento, porém apresenta fatores de preocupação para
o restante do ano. Os dois primeiros decêndios de julho (-34,5%) e agosto
(-23,56%) – ambos afetados pelo aumento das restituições e da queda do IR das
grandes empresas do país – apresentaram expressivas retrações, causando
apreensão nos gestores. Outra importante receita, a cota-parte do ICMS, afetada
pela Lei Complementar 194/2022, recuou 4,5% no país.
ATRASO NO PAGAMENTO DE
EMENDAS PARLAMENTARES
Além disso, os Municípios
enfrentam atraso no pagamento de emendas parlamentares no primeiro semestre do
ano. A redução em emendas de custeio no primeiro semestre de 2023 em comparação
a 2022 foi de quase 73%, passando de R$ 10,43 bilhões para R$ 2,80 bilhões.
Avaliando o total de emendas, a redução foi de 58%, passando de R$ 13,24
bilhões para R$ 5,62 bilhões.
PISOS DO MAGISTÉRIO E DOS
AGENTES DE SAÚDE E DE ENDEMIAS
Outra pauta que traz
preocupação para os Municípios são os reajustes concedidos em função dos pisos
salariais do magistério e a parcela adicional (de insalubridade e os encargos)
dos agentes comunitários de saúde e de endemias. Somente o piso do magistério
cresceu 53% em função dos reajustes concedidos em 2022 (33,24%) e 2023
(14,95%). O impacto dos dois reajustes, que não possuem lastro legal,
comprometerá quase R$ 50 bilhões dos Municípios até o final do ano. De 2009 a
2023, o piso do magistério cresceu 365,3% acima da inflação, de 136,4%; do
salário mínimo, de 183%; e da receita do Fundeb, de 256,7%.
FILA DE UM BILHÃO DE
CIRURGIAS
Na saúde, os Municípios
enfrentam o represamento de 1 bilhão de cirurgias e 4,4 milhões de
procedimentos ambulatoriais, sendo que, para solucionar a questão, seriam
necessários R$ 17,3 bilhões. Na assistência, o governo federal deixou de
repassar ao longo dos anos de 2014 a 2022 o valor de R$ 7,6 bilhões para o
Sistema Único de Assistência Social (Suas); valor que, corrigido pela inflação,
chega a R$ 9 bilhões.
Obras paradas e
abandonadas por falta de recursos da União somam mais de 5 mil em todo País. Os
Municípios que conseguiram concluir obras arcaram com mais de R$ 7 bilhões em
recursos próprios e aguardam repasse da União. A defasagem dos mais de 200
programas federais chega a 100%. O estudo mostra ainda que o contingenciamento
do orçamento-geral da União em 2023 é de R$ 3,3 bilhões. Outro ponto que agrava
a crise são os atrasos em repasses dos royalties minerais e de petróleo. (*com
informações da CNM)
Comentários