Foto PM
Armas apreendidas
pela PM e MP durante a Operação Negócio Fechado, em Porteirinha, no dia 27 de
novembro de 2018.
PORTEIRINHA
(por Oliveira Júnior*) – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia
Militar, juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco), realizam na manhã desta terça-feira, dia 27 de novembro, a operação “Negócio
Fechado” na cidade de Porteirinha, na região da Serra Geral, no Norte de Minas.
De acordo com informações preliminares, o ato refere ao combate à corrupção com
apuração de fraudes no cumprimento de mandados judiciais em Porteirinha.
Foto
PM
Objetos apreendidos pela PM e MP na Operação Negócio Fechado, na cidade de
Porteirinha.
Agentes
do MP e militares cumprem mandados de busca e apreensão e até de prisão em
vários lugares nesta cidade. O site do jornalista Oliveira Júnior obteve
informação de que houve a prisão de um oficial de justiça o qual vem sendo
investigado por corrupção passiva e lavagem de capitais. Ele foi encaminhado ao
presídio regional, em Montes Claros. De acordo com informações da Polícia Militar,
houve a apreensão de dois revólveres com o oficial de justiça.
Segundo
as investigações, para retardar o cumprimento de mandados de reintegração de
posse, de busca e apreensão e de penhora e avaliação, o oficial de Justiça da
comarca de Porteirinha, em razão do exercício do cargo público, solicitava e
recebia propinas das partes envolvidas nos processos judiciais.
Ele
agiria sempre do mesmo modo. Primeiro, procurando interessados e solicitando
dinheiro em espécie para atender os interesses deles. Depois, deixando de
localizar veículos que deveriam ser apreendidos, pressionando ocupantes de
áreas invadidas que seriam reintegradas ou subavaliando bens imóveis a serem penhorados.
Conforme
a apuração, as práticas do oficial de Justiça eram conhecidas na cidade.
Inclusive, alguns interessados o procuravam diretamente para fechar os acordos.
E caso suspeitasse que não receberia pela negociata, ele os pressionava,
aceitando, inclusive, o pagamento em terra, que seriam registradas em nome de
laranjas.
Para
a apuração do caso, foram realizadas interceptações telefônicas, ouvidas
testemunhas e realizadas campanas, o que teria comprovado as propinas. Na
residência do oficial de Justiça, foram encontrados documentos, recibos e
valores que indicariam as negociações, além de armas de fogo sem registro.
Em
outro ato da operação foi constatada a apreensão do telefone celular de uma
advogada e prisão de um homem que estaria com posse de três armas, sendo dois
revólveres e uma espingarda. (*com informações da Ascom do MPMG)
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