MINISTÉRIO PÚBLICO PROPÕE
AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ENVOLVE O PREFEITO CARLOS MENDES E
O VEREADOR VALDEIR DO LEILÃO
JANAÚBA (por Oliveira
Júnior) – O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, através do Judiciário da
Comarca de Janaúba, acolheu via sorteio nesta quarta-feira, dia 9 de maio, a
Ação Civil de Improbidade Administrativa proposta pelo Ministério Público de
Minas Gerais (MP-MG) com relação ao aluguel de um imóvel nesta cidade pela
Prefeitura de Janaúba. O assunto gerou a criação, nesta semana, de uma Comissão
Processante (CPI) pela Câmara Municipal. ( confira AQUI)
De acordo com publicação
pelo TJMG, a Ação Civil recebe a numeração 0022904-64.2018.8.13.0351 e coloca o
prefeito de Janaúba, Carlos Mendes, e o vereador Valdeir dos Santos Silva, o
Valdeir do Leilão, na condição de reú. Na mesma Ação Civil de Improbidade Administrativa
apresentada pelo MPMG há a menção de Vanusa Maria da Rocha Barbosa e Firmina
Marli Miranda Souto qualificadas na condição de ré.
O imbróglio desse aluguel
tem como protagonista Vanusa Maria e a Prefeitura de Janaúba, desde 2015. A
relação dessas partes prosseguiu em 2017 e, de acordo com relatório da Comissão
Especial da Câmara de Vereadores, avança neste ano. A Comissão Especial e o
plenário do legislativo inocentaram o vereador Valdeir dos Santos de possível
influência e favorecimento no contrato de aluguel. O vereador Valdeir é
considerado, pelo relatório da Comissão Especial, esposo da proprietária do
imóvel alugado para a prefeitura.
O valor do aluguel da
propriedade da mulher do vereador que a prefeitura paga foi considerado abusivo
pela Comissão Especial com base em avaliação patrimonial realizada por
especialistas do mercado imobiliário. No relatório é citado a majoração acima
de 100%. Isso por que o dito imóvel de 106 metros quadrados estaria avaliado na
faixa de R$ 450,00 o aluguel mensal, enquanto que o executivo municipal paga
mais do dobro para ocupar o local objetivando o armazenamento de materiais sem
utilidade, classificados como sucata.
Pela utilização desse
imóvel de 106 metros quadrados no bairro Ribeirão do Ouro – contrato em nome de
Vanusa, esposa do vereador – a Prefeitura de Janaúba pagava R$ 1 mil em 2015 e
passou a pagar um pouco mais do que isso, no ano passado. No relatório da
Comissão Especial aprovado pelos vereadores esta semana consta que no ano de
2015 a prefeitura celebrou contrato com a dona do imóvel no valor de R$ 12 mil
pelo período de 12 meses, média de R$ 1 mil mensalmente. Já em maio de 2017
novo contrato celebrado entre a prefeitura e a proprietária indica que o
município usaria o imóvel pelo período de 8 meses pagando a quantia de R$
8.843,52, quer dizer, média de R$ 1.105,44 mensais.
O caso desse aluguel
volta a ser averiguado por uma terceira comissão no legislativo municipal. Em
fevereiro passado, após ser provocada por denúncia, a mesa diretora da Câmara
atribuiu a apuração à Comissão de Serviço Público que, ao colher algumas
informações, sugeriu a instituição de uma Comissão Especial para dá
continuidade. A Comissão Especial, que não tem poder de punição, finalizou os
trabalhos e, nesta semana, o assunto está sendo repassado para a uma Comissão
Processante (CPI).
A CPI do Aluguel ainda será
instituída e constituída, para concluir o caso, devendo ocorrer ainda neste
semestre ou então após o recesso parlamentar de julho, quer dizer, no segundo
semestre. A partir daí o relatório que poderá indicar ou não punição ao prefeito
será submetido à votação em plenário. Paralelamente a isso. O MP e a Justiça
farão apurações sobre a denúncia. ( saiba AQUI)
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