SERVIDORES DA PREFEITURA DE JANAÚBA DECIDEM PELA GREVE E VÃO PARALISAR AS ATIVIDADES A PARTIR DE QUARTA-FEIRA, DIA 14

Diretoria do Sindijana vai amanhecer no gabinete do prefeito para comunicá-lo da greve

Greve deve iniciar em 72 horas úteis após o prefeito ser comunicado

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – “É greve porque a situação é grave”. Com esse coro, os funcionários da Prefeitura de Janaúba decidiram no início da noite desta quinta-feira, dia 8, pela paralisação das atividades por tempo indeterminado. O indicativo de greve foi aprovado em assembleia geral, inclusive com a participação de vereadores da base e da oposição ao prefeito.

Em um dos itens debatidos, os servidores expuseram o drama da categoria diante de salário defasado e a falta de diálogo por parte do executivo municipal. A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Janaúba (Sindijana) explicou que é inadmissível a justificativa do prefeito em não recompor o salário dos funcionários concursados alegando falta de recurso financeiro, enquanto que vem contratando assessores com salários muito acima dos efetivos.

Seguindo normas, a greve dos servidores da Prefeitura de Janaúba iniciará na manhã da próxima quarta-feira, dia 14, uma vez que tem de ser obedecido o intervalo de 72 horas (dias úteis) entre a comunicação ao executivo e o começo da paralisação das atividades. “Estarei amanhã (sexta-feira, dia 9) pela manhã no gabinete do prefeito para entregá-lo a comunicação da paralisação geral aprovada em assembleia”, declarou Marilea Ribeiro Barbosa, presidente do Sindijana.

Os vereadores Ramon Alexandre, José Tarcísio e Luís Carlos hipotecaram apoio aos servidores. Mesmo sendo da base do prefeito, Tarcísio lamentou a situação e disse que o que falta é uma boa gestão no executivo municipal.

Os funcionários da Prefeitura de Janaúba reivindicam reajuste salarial, pagamento de insalubridade, pagamento de progressão horizontal/adicional de desempenho, revisão do plano de cargos e salários, reforma do estatuto do servidor, regulamentação da jornada 12 por 36 horas, melhorias nas condições de trabalho e formas de combater o assédio moral.