Equipamento do sistema de tratamento de água na
comunidade danificou em outubro de 2017
Foto divulgação
Há mais de três meses os
moradores do distrito de Quem Quem ficam à espera do caminhão pipa e mesmo
assim nem todos conseguem a água.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Debaixo do sol com alta temperatura e horas na fila à
espera do veículo que leva água da cidade de Janaúba até o distrito distante
aproximadamente 40 quilômetros. Tem dia que o aguardado caminhão pipa não
chega. Esse é o drama vivido pelos moradores do distrito de Quem Quem há quase
quatro meses. A população está impaciente com o poder público que não toma a
providência desde outubro de 2017.
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divulgação
Crianças, jovens e idosos disputam espaço para encher os baldes de
água. No desespero para ter a água alguns até ficam com raiva dos amigos.
O
morador Fábio está indignado com isso. Em contato com o site do jornalista
Oliveira Júnior, ele relatou com raiva o sofrimento do povo do Quem Quem. “O
pior é que as pessoas amigas acabam ficando com raiva uma da outra nessa ‘luta’
para encher o balde com água”, explica Fábio ao acrescentar que nem todos os
moradores conseguem esse abastecimento. Insatisfeito com o fato, Fábio pede por
socorro para a comunidade do Quem Quem.
A
servidora pública Tatiane é outra pessoa agoniada com o sofrimento dos
moradores. Ela até esteve reunida com representantes da atual administração da
prefeitura mencionando o que ocorre no Quem Quem. No dia 16 deste mês, Tatiane
foi à prefeitura e conversou com a equipe de governo do atual prefeito.
Entretanto, com relação à normalidade do abastecimento de água no distrito até
esta quarta-feira, dia 24, a precariedade permanecia.
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De acordo com morador, um
investimento em torno de R$ 18 mil no sistema de captação e tratamento de água
na própria comunidade evitaria essa humilhação que o povo do Quem Quem enfrenta
desde outubro de 2017.
O
tratorista Gildo Aparecido Alves de Souza, o Gil do Quem Quem, lamenta o
episódio. Suplente de vereador e tendo 589 votos no distrito na eleição de
2016, Gil disse que é preciso mobilizar para sensibilidade as autoridades. Ele
já manteve contato com lideranças e um deputado com o intuito de sanar o
problema. “Fiz uma pesquisa e observei que custaria algo em torno de R$ 18 mil
ou menos a aquisição de novo filtro para o dessanilizador que trata a água
captada aqui no Quem Quem e servida para a nossa população”, citou Gil.
Os
moradores queixam que desde outubro do ano passado o tratamento de água pelo
dessanilizador está comprometido e até então, passados quase quatro meses, não
foi tomada providência. Aliás, a providência acatada tem sido o transporte de
água da Copasa em caminhão pipa da cidade de Janaúba até o distrito. “A fila
começa a ser feita na parte da manhã com mulheres, jovens e crianças e, quando
vem, o caminhão chega à tarde e com quantidade insuficiente para a demanda da
população do Quem Quem”, frisou Fábio.
Na
rede social, moradores e familiares externam a insatisfação diante do descaso
público em atender a comunidade em questão básica. A todo instante parentes que
moram em outras cidades e estados expõem os seus testemunhos de tristeza ao
conviverem com essa situação nesse período de férias. Ao invés das crianças
estarem brincando e dos jovens estarem interagindo, eles têm a atenção
deslocadas para esse drama que as suas famílias enfrentam.
Desde
o início deste mês alguns moradores têm demonstrado vontade em realizar um
manifesto público na própria comunidade, na rodovia BR-122 que dá acesso ao
distrito e até realizarem protesto na cidade de Janaúba como forma de que o
poder público seja mais ágil e atuante com o povo do Quem Quem. A precariedade
no abastecimento e até a falta de água é um dos problemas desse distrito que
ainda carece de maior atenção na questão de segurança pública, conservação de
estrada, limpeza, falta de iluminação na quadra esportiva e melhor atendimento
na área médica.
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