Homenagem
à Nova Porteirinha e à Janaúba
Autor:
Izaias Veríssimo de Castro – 29/08/2014
Porque
deveria eu, amar uma mais que outra?
Não,
não! isso jamais! Amo as duas de igual pra igual
Numa
eu nasci, é meu cordão umbilical
Vim
do seu interior... que baita saudade
Bons
momentos vividos em Maromba e Arrozal
Viagens
de trem... Um rastro de fumaça subindo ao Céu
Apito
afoito ecoando longe, invadindo o horizonte
Balançar
gostoso, brisa pura e suave acariciando meu rosto
Verdadeiro
acalento, nem me dava conta
De
quão rápido passava o tempo
Banho
no poço, passeio a cavalo, leite “quente”
Huumm!
cheirinho de curral!
Também
foi nessa onde nasci que aprendi o B A Bá
Para
hoje nesses singelos versos
Um
pouco da minha história, contar
Escola
Estadual Prefeito Maurício de Azevedo
Foi
ali no antigo grupinho, que para a “escrita”
Deus
deu habilidade aos meus dedos
Na
outra eu cresci, me descobri
Que
saudade gostosa da infância que ali eu vivi
Corria
pelas ruas virgens de asfalto, terra pura
Sujava
todo, mas logo me lavava nas águas do Gorutuba
Ai
como lembro... fecho os olhos e continuo
Não
só vendo, mas também “vivendo“
As
estripulias do ser inocente chamado criança
Naquele
imenso “areião” todos a brincar
Quase
sempre aos olhares das mães
Que
ali estavam a labutar
Corriam,
caiam, sujavam, levantavam, se molhavam
Mas
se a sede apertava, logo ali pertinho
Tinha
uma cacimba onde água limpa minava
Ah!
E as pescarias... de anzol, de rede, de litro
Até
“de mão” acreditam?
Entre
o nascer e por do sol não tinha dia e nem hora
Pra
bola rolar no campinho de futebol...
Parquinhos
e circos, alegria imensa quando acampavam
Bica
d´água límpida jorrando, saciando sede, irrigando...
Imenso
campo de algodão, um lindo tapete branco
Com
glamour estendido pelo chão
Era
a fazenda do Sr. Edison Brandão
Espécies
diversas, flores silvestres
Mato
orvalhado exalando cheiro por todo lado
Era
malva, beldroega, mastruz e caruru
Algodão
de seda, carne de vaca e também capim assú
O
poder da mente é infinito... um poeta sabe disso
Ficaria
eu horas e horas aqui
Posso
falar da fauna, falar da flora
Contar
vários causos de outrora
E
ainda assim, somente um pouco descreveria
Das
maravilhas que na minha infância eu vivi
Porque
deveria eu, amar uma mais que outra?
Não,
não! isso jamais!
Amo
as duas de igual pra igual
Estou
sempre entre elas
Uma
de um lado a outra do outro
Ambas
me abraçam, nas duas tenho laços
E
nelas conto meus passos
Falo
de Janaúba e de Nova Porteirinha
Duas
irmãs solidárias e vizinhas
Uma
já bem grande, a outra ainda “pequenininha”
Essas
sim, sempre estiveram e pra sempre permanecerão
Dentro
do meu coração!
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