- Ele sugere que a
Secretaria Municipal de Saúde realize uma auditoria sobre custo de um parto: um
hospital recebe R$ 380,00 e outro R$ 2 mil
- Promotor citou a
precariedade da Atenção Básica de Saúde como uma das causas da crise nos
hospitais de Janaúba
- Hospital de Janaúba recebe
de 30 a 40 pacientes que deveriam ser atendidos nos postos de saúde
JANAÚBA (por Girleno
Alencar) – O promotor de Justiça Jorge Victor Cunha Barreto Silva, de Janaúba,
criticou o Estado que hoje tem uma dívida com os hospitais da Fundajan e
Regional, de Janaúba, de aproximadamente R$ 11 milhões.
Situação que gera sérios
impactos para essas duas unidades hospitalares.
Somente neste ano,
segundo ele, o atraso é de R$ 1,2 milhão. O promotor lamentou que as
instituições (hospitais) buscaram financiamento no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), desde 2007, sem sucesso, enquanto o
mesmo BNDES oferece financiamentos facilitados às empresas da área de carne, em
alusão a JBS. O promotor afirmou que por isso, os hospitais são obrigados a
contrair empréstimos junto a Caixa Econômica Federal, com taxas de juros
altíssimas. Citou o caso da Fundajan, que recebe aproximadamente R$ 390 mil do
SUS, sendo que R$ 165 mil são bloqueados automaticamente para pagar financiamento.
O promotor frisou que a
auditoria clínica tem sido uma opção para averiguar como um hospital recebe R$
380,00 de um parto e outro hospital recebe R$ 2 mil pelo mesmo procedimento.
Para ele, cabe a Secretaria Municipal de Saúde contratar esse auditor clínico.
Jorge Victor Cunha Barreto
Silva citou a precariedade da Atenção Básica de Saúde como uma das causas da
crise nos hospitais, pois as mesmas pessoas que apresentam problema de saúde
vão aos postos de saúde e não encontram médicos. Deu como exemplo o Hospital de
Janaúba que recebe de 30 a 40 pacientes que deveriam ser atendidos nos postos
de saúde.
Além de estruturar a
saúde básica o promotor citou que outra providência seria verificar se os
agentes comunitários de saúde estão marcando adequadamente o atendimento aos
médicos. Lembrou que 300 pessoas estão na fila de espera para uma cirurgia
eletiva, em Janaúba. (Fonte: Gazeta Norte Mineira, 12/07/2017)
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