Aulas
serão improvisadas em mais uma escola e acadêmicos poderão assistir aulas, também,
em Diamantina
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Oliveira Júnior
Reunião em favor do campus da UFVJM teve apoio da comunidade,
inclusive de alunos e educadores de escolas públicas e particulares.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – O reitor da Universidade Federal do Vale do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Gilciano Saraiva Nogueira, assegurou na
sexta-feira, dia 4 de novembro, que o campus de Janaúba continuará em
funcionamento. Ele admitiu as dificuldades pelas quais a universidade enfrenta,
dentre elas a falta de professores, porém tranquilizou a comunidade ao informar
que o investimento no campus de Janaúba, que representa o Norte de Minas, é uma
prioridade da reitoria da UFVJM, que tem sede em Diamantina.
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Gilciano Saraiva Nogueira, reitor da UFVJM.
Criado
em agosto de 2011 e em funcionamento há quase três anos, o campus de Janaúba da
Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri apresenta recariedade
quanto ao seu funcionamento. Diante disso, estudantes e funcionários do campus nesta
cidade organizaram uma reunião para tratar do assunto. O encontro foi na noite
de sexta-feira, dia 4, no Centro Cultural do Sindicato Rural de Janaúba.
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Mobilização em Janaúba pela continuidade e melhoria no campus
universitário.
O
reitor Gilciano Nogueira e diretores da instituição universitária deslocaram de
Diamantina até esta cidade para debater com os professores, acadêmicos e a
comunidade de Janaúba e da região. O campus provisório está ocupado desde o dia
14 de outubro pelos estudantes que cobram a reitoria medidas urgentes com
relação à garantia do funcionamento normal da unidade na região da Serra Geral.
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Comunidade de Janaúba e de outros municípios da região da
Serra Geral de Minas unifica apoio pelo fortalecimento do campus local da
UFVJM.
Uma
das dificuldades é a falta de professores. De acordo com a reitoria, o planejamento
era de que a UFVJM fosse contemplada, via concurso público, com 120 educadores
para atuarem em todos os campus. Porém, o governo liberou apenas 36 vagas de
professores o que não resolve o problema.
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A reunião sobre as dificuldades do campus universitário atraiu
atenção de representantes dos segmentos sociais.
Para normal a situação, nesse
quesito, a universidade precisaria de mais 74 professores e isso depende de
aprovação pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério do Planejamento.
Há
um ano na reitoria da UFVJM, o professor Gilciano Nogueira disse na reunião que
recebeu a instituição com um passivo de R$ 60 milhões, ou seja, uma dívida a
ser paga pelos serviços realizados, inclusive obras. Além disso, explicou o
reitor, há um custeio de R$ 5 milhões e o planejamento para investir R$ 18
milhões em urbanização, quer dizer, na ampliação e melhoria da estrutura dos
campus, dentre eles o de Janaúba.
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Agentes políticos se prontificaram a fazerem gestão junto aos
governos pela designação de mais professores e da conclusão das obras do campus
de Janaúba.
Diante
da comunidade, o representante da Universidade Federal explicou que ao assumir
a direção, há um ano, estava ciente de que deverá inaugurar no princípio de
2017 algumas obras, mas que, na avaliação dele, no momento esses investimentos ainda
não estariam em condições de funcionamento devido a questão essencial, caso de
água, energia elétrica e saneamento básico.
Essa
é uma das situações pelas quais o campus de Janaúba da UFVJM enfrenta. “Momento
algum foi dito por mim, pela reitoria de que o campus de Janaúba será fechado”,
esclareceu o reitor Gilciano Nogueira ao explicar que a prioridade orçamentária
é prosseguir a obra do campus desta cidade. Admitiu que a falta de água e
energia elétrica no campus possa vir a ser um entrave, entretanto, isso já estaria
sendo resolvido por intermédio da parceria com a prefeitura de Janaúba e
proprietários de loteamentos ao longo do trecho de acesso e ao redor do campus
objetivando a implantação do sistema de distribuição de água potável e energia
elétrica. A expectativa é de que ainda no primeiro semestre de 2017 o fato esteja
contornado.
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Reitor da UFVJM anuncia medidas a serem adotadas no campus de
Janaúba: utilizar mais uma escola para improvisar aulas e até transportar
estudantes para frequentarem algumas disciplinas em Diamantina, sede da
universidade.
A
reitoria confirmou que o campus provisório no Caic, no bairro Veredas, tem
atendido a contento a demanda da UFVJ desde o primeiro semestre de 2014, quando
teve início a aula da primeira turma de estudantes do curso de Bacharel em
Ciência e Tecnologia (BCT), no entanto o local já não mais suporta absorver
mais turma de alunos. Gilciano Nogueira declarou que a universidade estará
disponibilizando recurso da ordem de R$ 40 mil para serem aplicados na reforma
e adequação de uma escola – não informou o nome – com a finalidade de que nesse
local também seja improvisado um anexo do campus da universidade até que o
campus definitivo seja liberado.
O
reitor garantiu a continuidade das aulas no campus de Janaúba, apesar da
insuficiência de professores. Quanto a isso, a reitoria está reavaliando as
disciplinas e não descarta a possibilidade dos alunos em Janaúba terem que
frequentar algumas das disciplinas no campus de Diamantina, sede da UFVJM, e
que para isso a própria universidade providenciaria o transporte, alimentação e
acomodação dos acadêmicos.
A
reunião ocorrida na noite de sexta-feira, dia 4, no Centro Cultural desta
cidade, contou com a presença do prefeito de Janaúba, Yuji Yamada (PRP), e do
prefeito eleito deste município, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), dos deputados
estaduais Gil Pereira (PP) e Paulo Guedes (PT), e ainda do deputado federal
Leonardo Monteiro (PT), dos prefeitos reeleitos Silvanei Batista (de
Porteirinha) e Eujácio Rodrigues (de Pai Pedro), e do prefeito eleito de Jaíba,
Reginaldo Silva, vereadores eleitos e reeleitos de Janaúba, dentre outras
autoridades e representantes dos segmentos sociais, além, é claro, dos
estudantes da UFVJM e de outras de instituições de ensino superior e médio.
Ficou
acertado a mobilização pela realização de uma audiência pública na Comissão de
Educação da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e de uma audiência junto aos
ministros da Educação (MEC) e Planejamento para tratar do assunto, sobretudo a
liberação de novas vagas de professores, se possível as 74 restantes, e a
garantia do recurso para conclusão das obras do campus janaubense.
*Texto e imagens produzidos pelo site do jornalista Oliveira Júnior
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