MULHER,
QUE ESTAVA NO 5º MÊS DE GESTAÇÃO, CONTINUA INTERNADA COM PNEUMONIA GRAVE; FETO
SOBREVIVEU POR QUASE DUAS HORAS
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Uma gestação que aparentemente estaria normal, conforme
o pré-natal, inesperadamente evoluiu de maneira negativa obrigando uma mulher
de 28 anos da comunidade de Jataí, município de Janaúba, a ser internada em
unidade hospitalar no início desta semana. O site do jornalista Oliveira Júnior
apurou que essa mulher apresentava tosse e necessitava de oxigenação. A
paciente foi atendida no Hospital Regional e, diante da gravidade do caso,
conduzida ao CTI uma vez que os primeiros diagnósticos indicavam uma pneumonia
grave.
Essa
paciente dependia de terapia intensiva para manter a vida e com feto em
situação que não teria condição para viver. A mulher estava no 5º mês (23
semanas) de gravidez. O feto estava em formação. Há suspeita de que ela tenha
contraído o vírus da influenza A, que é conhecido por H1N1, cuja confirmação
depende de análise por parte da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo
Horizonte.
A
direção do hospital planejou a transferência da paciente para uma unidade
dotada de CTI adulta e CTI neonatal. Foi contactado o Hospital Sagrado Coração
de Jesus (Fundajan), em Janaúba), o Hospital Universitário (HU) e a Santa Casa,
esses dois em Montes Claros, que são os três que possuem os dois tipos de CTIs
na região.
Entretanto,
diante da situação grave da paciente, cujo organismo não condição de manter o
embrião, foi iniciada a mobilização junto as diversas equipes de atendimento da
saúde do município. A Fundajan disponibilizou e enviou ao Regional a estrutura
móvel de um CTI neonatal. Foi montado um meio propício para acontecer o parto
numa unidade que normalmente não tem assistência a esse tipo de atendimento
Para
atender essa demanda foi mobilizada voluntariamente as equipes do Hospital
Regional, do Hospital da Fundajan, do Samu, da Secretaria Municipal de Saúde de
Janaúba e a disponibilidades dos profissionais para proceder o parto de uma
mulher em estado grave e grávida de um neném com poucas semanas de gestação com
dificuldade enorme de sobreviver.
“Isso
foi muito valioso e fundamental para a gente conseguir o desfecho de poder
ajudar da melhor forma possível essa mãe”, declarou o médico André Silveira, do
Hospital Regional, em entrevista exclusiva ao site do jornalista Oliveira
Júnior, ao considerar que esse tipo de situação ocorre em unidades hospitalares
capacitados para atendimentos de alta complexidade. Os médicos, enfermeiros e
demais profissionais da Saúde estiveram empenhados nessa causa que resultou num
procedimento cesáreo nessa quinta-feira, dia 28 de abril. No entanto, o feto,
do sexo feminino e pesando em torno de 500 gramas, não sobreviveu. Foi retirado
com vida e quase duas horas depois veio a óbito. A mulher permanece internada
no CTI.
O
médico André Silveira, que acompanhou o caso, destaca a ação colaborativa e
voluntária dos profissionais de saúde para que o bem aconteça à população. A diretora
ambulatorial do Hospital Regional, enfermeira Magda Luciane Nascimento Santos, informou
que todos os cuidados estão sendo tomados. “Ainda não é momento para grandes
preocupações em relação a H1N1, uma vez que ainda não foi confirmado que a
paciente contraiu a doença. Exames já foram feitos e enviados a Belo Horizonte,
para que o caso seja analisado. Posso garantir que todos os procedimentos para
que o tratamento seja feito estão sendo realizados”, afirma.
Comentários