JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – 37 anos após alagar
propriedades rurais e formar um reservatório de mais de 703 milhões de metros
cúbicos (um metro cúbico equivale a mil litros), a represa do Bico da Pedra a
cada dia caminha para tornar visíveis ruínas que por mais de três décadas foram
submersas. Esse procedimento começou há dois anos, inclusive com o surgimento
de cruzes que indicavam um cemitério até então coberto pela água na barragem
formada pelo rio Gorutuba.
Foto internet
Com a diminuição de água, lago da barragem
de Janaúba revela cemitério.
Diante da seca que assola a região há anos é evidente
que os mananciais fiquem comprometidos e isso não tem sido diferente com a
represa gorutubana. O site do jornalista Oliveira Júnior constatou que no
período de 1º a 31 de dezembro que se passou houve a diminuição de 70
centímetros no volume de água na barragem que, no mesmo período de 2014 reduziu
apenas em cinco centímetros.
Numa comparação ao dia 31 de dezembro de 2014, na
última quinta-feira, quer dizer, dia 31 de dezembro de 2015, o nível de água no
reservatório gorutubano estava 5,65 metros mais baixo.
São 16 metros que separam a atual lâmina de água da
represa do transbordamento, fato que aconteceu pela última vez em fevereiro de
2007. E para piorar a situação, o volume útil da barragem de Janaúba está
apenas dois metros acima do volume morto, nos menores níveis de sua história.
Se a represa do Bico da Pedra chegar ao volume morto, a liberação de água para
a irrigação nos projetos Gorutuba (margem direita) e Lagoa Grande (margem
esquerda) do rio Gorutuba, após a barragem, será suspensa.
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