JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Em depoimento que demorou quase três, a jovem Clesia
Rayane dos Santos Fernandes, 22 anos, negou que tenha matado o bebê que teve em
parto em casa na madrugada de ontem, quinta-feira, dia 16 de julho, aqui na
cidade de Janaúba, na região da Serra Geral de Minas. Recolhida no presídio
local desde a noite dessa quinta-feira em cumprimento a prisão em flagrante
decretada pela polícia (CONFIRA AQUI), a jovem compareceu à 3ª Delegacia Regional da Polícia
Civil de Janaúba para prestar depoimento.
Acompanhada
de dois advogados, Rayane Fernandes foi ouvida pela delegada Glênia Torres
Aquino, da Delegacia de Homicídios, ocasião em que negou que tenha estrangulado
o bebê durante o parto ocorrido na residência. A fase de depoimento iniciou por
volta das 14h30 e finalizou às 17h20 quando a jovem deixou a delegacia
escoltada por agentes penitenciários e retornou para o presídio após ser
formalizado o flagrante. A defesa aguarda o posicionamento do Juiz de plantão –
que deverá ser o da Comarca de Porteirinha – neste fim de semana para tomar as
medidas cabíveis com relação à cliente. A decisão judicial acatando ou não o
flagrante poderá ocorrer a qualquer momento.
Rayane
deixou a delegacia sem conceder entrevista, missão essa atribuída aos advogados
Armando Peninha Batista e Eraldo Magno Alves Pereira. Na entrevista concedida
ao site do jornalista Oliveira Júnior e à TV Serra Geral, quando da saída da
cliente da delegacia, o advogado Eraldo Magno Alves disse que no depoimento a
sua cliente teria citado que desde o início a gravidez era de risco. “Um dos
médicos que acompanhou o pré-natal já tinha chamado atenção dela até no sentido
de sofrer uma pré eclampsia. Infelizmente o que resultado no aborto espontâneo”,
mencionou o advogado conforme a declaração da jovem na delegacia.
Com
relação ao fato de Rayane ter colocado a criança morta após o parto numa bolsa a
defesa afirma que “primeiro o Samu esteve no local e ao recolher, nem recolheu
e nem perguntou pelo feto...a verdade é essa. E ela simplesmente disse que
(guardou o feto/bebê na bolsa) foi por amor, pelo fato daquela criança ser tão
esperada por ela e pelo companheiro dela e ela ter visto a criança nascer
morta, ela simplesmente pegou, colocou na bolsa e carregou para o
hospital...diria que, está mais comprovado, que foi uma atitude de amor, apego
por aquela criança que ela tanto esperava”, citou o defensor.
Em
entrevista à TV Serra Geral e ao site do jornalista Oliveira Júnior, a delegada
de polícia Glênia Torres citou que a jovem negou qualquer ato violento com o
bebê e disse que o bebê nasceu de maneira rápida. Dados preliminares obtidos
pela polícia apontam que o bebê nasceu com vida e apresentava marcas de
violência. Mas, a delegada Glênia Torres explica que é preciso investigar
melhor e, diante disso, intensificará os trabalhos no sentido de concluir o
inquérito na fase do flagrante no prazo de dez dias.
A
polícia constatou que na casa onde Rayane se encontrava estavam cinco pessoas
e, até o final da tarde desta sexta-feira, dia 17, foram ouvidas duas pessoas:
a jovem e o companheiro, Ronaldo Pinheiro, este prestou depoimento na noite de
ontem ao delegado de plantão.
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