Fotos FRV/Arquivo
“Beira-Mar”,
cantor de música sertaneja em Janaúba e no Norte de Minas.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – A música sertaneja do Norte de Minas está de luto. O
cantor janaubense Manoel Batista Santos, o “Beira-Mar”, faleceu nesta terça-feira, dia 21 de janeiro. Por
muito anos o “Beira-Mar”, também conhecido como “Manoel Cari”, entoou pela
região várias canções que alegravam os espectadores e também mantinha a
criatividade e a competência cultural dos norte-mineiros.
Com
estatura baixa, “Beira-Mar” não se intimidava diante do prazer em tocar e
cantar, momento em que ele se tornava um “gigante”, uma pessoa grande e
iluminada para expressar, através da música, os sentimentos e a emoção.
Várias
foram as apresentações de “Beira-Mar” por Janaúba e outras localidades do
extremo norte de Minas Gerais, assim como em outros lugarejos, inclusive em
programa exibido pela Rede Globo.
“Beira-Mar” também era conhecido como “Manoel
Cari”.
Apesar
do nome que remete ao oceano, o “Beira-Mar” dedicou a maior parte de sua vida
artística foi, literalmente, à beira do rio Gorutuba, aqui em Janaúba. O chapéu
era o seu companheiro de caminhada, principalmente para contrapor ao sol
escaldante nessa região.
Há
relato de uma cena inusitada de “Beira-Mar”, ele não confirmava, mas as
citações são de que lá pelos anos 70 quando o cantor Waldick Soriano era
sensação pelo Brasil afora, haveria uma apresentação num circo na cidade de
Mato Verde, aqui no Norte de Minas. Após o anúncio do locutor do circo, duas
pessoas surgiram no picadeiro: “Manoel Cari” e um amigo, intitulando de “Waldick”
e “Soriano”. É óbvio que o show não foi realizado porque o público não deixou,
e a dupla saiu às pressas do local.
Depois
disso, “Beira-Mar” ou “Manoel Cari” seguiu a carreira artística com inúmeras
apresentações até que, neste dia 21 de janeiro, a moda de viola pede um tempo
em homenagem ao silêncio da voz de “Beira-Mar Santos”.
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