Margarida
Hallacoc, Gabriela Sales e Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia (22/07/2013)
O
uso do taxímetro, exigido pela lei federal 12.468/2011 em municípios com mais
de 50 mil habitantes, tem por objetivo evitar abusos na cobrança pelo serviço.
Porém, no interior de Minas, o equipamento que aufere o valor cobrado do
passageiro é amplamente ignorado.
Em
São Sebastião do Paraíso, no Sul do Estado, o Ministério Público Estadual (MPE)
notificou a prefeitura exigindo a regulamentação da norma no município. Um
projeto do Executivo havia sido encaminhado à Câmara na última gestão, mas,
neste ano, a atual administração solicitou a retirada do texto da pauta para a
realização de novos estudos.
O
departamento de trânsito da cidade promete, em breve, licitar o serviço de
táxi. A lei federal exige, ainda, que o taxista faça curso de relações humanas,
de direção defensiva, de primeiros socorros e de mecânica.
Falta
de hábito
Em
Janaúba, no Norte de Minas, a presença de taxímetro em 41 veículos não
significa necessariamente a utilização do equipamento. A própria população não
tem como hábito exigir a cobrança por quilômetro rodado, mas, sim, combinar o
valor da corrida conforme o destino. “A cidade é pequena. Não precisa usar
taxímetro. A gente combina o preço e pronto”, diz a professora Ana Estela da
Silva, de 43 anos.
De
acordo com a Prefeitura de Janaúba, que tem mais de 65 mil habitantes, os
taxistas têm uma autorização para a prestação do serviço na cidade, uma vez que
nunca foi realizada licitação. A expectativa é a de que uma concorrência
pública seja realizada em breve, regulamentando o serviço.
Mesmo
em grandes cidades do interior, como Governador Valadares, com mais de 260 mil
habitantes, a prática de acertar previamente o valor da corrida é comum.
A
aposentada Carmelita de Souza, de 68 anos, sempre pega táxi da rodoviária para
casa, no bairro SIR. “Os motoristas pedem de R$ 30 a R$ 35, mas, com o
taxímetro, o valor dá, em média, R$ 25”, lamenta.
Em
fevereiro, o MPE notificou três taxistas pela prática ilegal. O Departamento de
Transportes garante realizar fiscalizações sistemáticas para verificar o uso do
equipamento. (Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/minas/taximetro-e-solenemente-ignorado-no-interior-de-minas-1.149108)
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