MONTES
CLAROS (por Arthur Júnior) – O que era para ser uma festa na manhã de sábado,
dia 20 de julho, no auditório da Amams, nesta cidade, com o lançamento do
programa “Mais Médicos”, do governo federal, se transformou em protestos e
bate-boca entre manifestantes da área de medicina e o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha (PT). Com palavras de
ordem, faixas e cartazes, os manifestantes mostraram toda indignação com o
tratamento que vem recebendo por parte do governo federal.
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que desembarcou em Montes Claros, para o
lançamento do programa e buscar a adesão das prefeituras, foi recebido por
vaias. Durante os quase trinta minutos da sua fala, ele foi obrigado a fazer
paradas para pedir calma aos manifestantes para que pudesse detalhar o
programa.
Mas
não foi apenas o ministro da Saúde que recebeu as vaias, o prefeito de Montes
Claros, Ruy Muniz (PRB), e o deputado estadual Paulo Guedes (PT) também foram
alvos dos manifestantes.
Menos
de dez prefeitos do Norte de Minas compareceram ao lançamento do Programa Mais
Médicos, dos 93, que eram esperados. Da
bancada do Norte de Minas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que conta
com seis parlamentares, apenas o deputado Paulo Guedes compareceu. Mas ausência
maior foi dos deputados federais, sem nenhum representante.
Sobre
a escolha do Norte de Minas para o lançamento do programa “Mais Médicos”, o
Ministro Alexandre Padilha disse que é para mobilizar os municípios para a ação
do governo por causa da carência desses profissionais na região. Dos 78
municípios classificados pela pasta como prioritários dentro do Mais Médicos,
31 estão no Norte do Estado.
Além
de protestar contra o programa, os manifestantes que ocuparam todo o fundo do
auditório da Amams, cobraram também, mais infraestrutura e se posicionaram
contra a importação de médicos estrangeiros.
O
ministro da Saúde respondeu aos manifestantes dizendo que: “como ministro da
Saúde tenho que pensar em primeiro lugar na saúde de 200 milhões de
brasileiros. Não posso pensar somente em 370 mil médicos”.
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