SÃO
JOÃO DA PONTE (por Gal Bernardo) – A treze quilômetros da sede do município de
São João da Ponte, aqui no Norte de Minas, rumo a Estrada da Produção,
encontra-se a fazenda Ponta D Água, propriedade de José Raimundo da Silva. A
fazenda poderá sediar uma indústria de água mineral. A propriedade possui um
poço artesiano inédito, aberto pelo Departamento Nacional de Obras Contra a
Seca (DNOCS) em 1987, que vem derramando água há 23 anos, formando um
verdadeiro oásis no semi-árido.
Projeto
de pesquisa vem sendo desenvolvido naquela área, com grande possibilidade de
sucesso no mineral em estudo. O coordenador do projeto, engenheiro agrônomo
Antônio Bernardo de Souza, confirma publicação no Diário Oficial da União,
datado de 07/03/2013, do requerimento do Alvará de Pesquisa, processo 1992/
2013/ 831.000/2012, do diretor geral do 3º Distrito DNPM MG (Departamento
Nacional de Produção Mineral de Minas Gerais), Celso Luiz Garcia, por um prazo
de até 2 anos para sua conclusão.
No
dia 29 de abril deste ano foi realizada a primeira mostra oficial para a
realização dos testes físico, químico e biológico em laboratório. Todos os
testes acompanharão a RDC – Resolução da Diretoria Colegiada, nº 274, de 22 de
setembro de 2005, conforme Regulamento da ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária).
“Ainda
estamos no início da pesquisa, mas existe grande possibilidade de êxito nos
testes de comprovação de água mineral de excelente qualidade. Sabe-se que a
Unimontes recentemente realizou testes preliminares daquela coleção hídrica,
com bons resultados”, explica Antônio Bernardo, que integra uma equipe formada
por Engenheiros de Minas, Geólogos, Biólogos e Químicos, além de suporte
técnico de laboratório devidamente credenciado pela Anvisa, para o estudo deste
assunto.
O
empresário rural José Raimundo Silva, proprietário da Ffzenda Ponta D Água,
explicou que a capacidade instalada que se pretende produzir inicialmente é de
cerca de 8 milhões de litros/ ano de água mineral. “Ora, se tudo acontecer como
estamos prevendo, o poço jorrante é capaz de produzir muita água. Só para se
ter uma idéia, o poço jorra, por hora, em torno de 40 mil litros de água, sem
necessidade de bombeamento. Vamos utilizar apenas 30 mil litros/ dia”, ressalta
o fazendeiro.
A
área de investigação do Alvará de Pesquisa está autorizada em 49 hectares, que
engloba o poço artesiano e seu entorno. Os estudos que estão sendo feitos são
de geologia, hidrogeologia, morfologia, estudo de solos com sua classificação
pedológica e análises de laboratório, obedecendo as normas vigentes sobre o
assunto. (Fonte: jornal O Norte)
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