MONTES
CLAROS (por Girleno Alencar) – A missão japonesa que estuda os tremores de
terra em Montes Claros, no Norte de Minas, pediu à população para ficar alerta
para o risco de novos abalos sísmicos, em razão da grande quantidade de eventos
que foram registrados pelos sismógrafos instalados na cidade.
Os
japoneses orientaram os moradores sobre como devem se prevenir contra os
fenômenos da natureza. Ao tomar conhecimento de que a cidade apresentou alguns
tremores oscilando de 3,9 a 4,2 graus na Escla Richter, eles brincaram dizendo
que isso nem assuta no Japão, onde são registrados 7,0 graus com facilidade.
Integrantes
da missão foram ontem, segunda-feira, dia 18 de março, no local onde está o
epicentro dos tremores, na Serra do Mel. A comitiva japonesa veio a Montes
Claros por iniciativa da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais
(Cedec). De 19 de janeiro até ontem, 18 de março, foram registrados 190
tremores de terra na cidade, o último no dia 8.
O
coronel Luiz Carlos Martins Dias, chefe do Gabinete Militar do Governo de
Minas, disse que os relatórios das universidades de Brasília-DF e de São Paulo
permitiram identificar uma falha geológica em Montes Claros, um grande avanço
nas pesquisas.
O
chefe da Estação Sismológica de Montes Claros, Expedito José Ferreira, da
Unimontes, lembrou que, enfim, surgiu um dado interessante: depois de amplos
estudos, os sismólogos constataram uma falha geológica na Vila Atlântida, na
Serra do Mel, onde existe a atividade sísmica, com movimentação da placa. Ele
explicou que a falha não tem qualquer buraco que revele isso.
SISMÓGRAFOS
Os
dois sismógrafos adquiridos pelo Estado e repassados à Unimontes ainda não
foram instalados. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que
desde 25 de maio de 2012 instalaou cinco equipamentos, retirou dois, no Parque
do Sapucaia e no Batalhão do Exército. Como os sismógrafos de Montes Claros
ficarão no Parque Estadual da Lapa Grande, onde estão instalados outros
equipamentos, foi adiada a substituição.
A
comitiva japonesa é formada pelo profressor Fukunaga Edite, chefe do escritório
de atendimento emergencial e defesa civil do governo da Província de Aichi, e
pelos especialistas Yukhiro Kasugai e Hiroko Kondo, da Universidade de Nagoya.
A
principal orientação deles é para que os moradores tenham calma quando ocorrer
abalos e busquem a solidariedade para enfrentar os danos causados pelos terremotos.
(Fonte: jornal Hoje em Dia)
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