POR FALTA DE MÉDICO, MULHER GANHA NENÉM NA PORTA DE HOSPITAL EM JANAÚBA NO DOMINGO DE CARNAVAL; PARTO FOI FEITO POR POLICIAL: CENA SE REPETE QUATRO MESES DEPOIS

JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – Enquanto parte da população se diverte na folia, a poucos metros do circuito de carnaval de Janaúba uma cena lamentável ocorria nesta cidade. Uma mulher grávida em situação de parto foi rejeitada por uma unidade hospitalar sobre a alegação da falta de médico. Resultado: o bebê nasceu na porta do hospital. Isso ocorreu na madrugada deste domingo, dia 19 de fevereiro, de 2012.

         A triste cena se repete pouco menos de quatro meses. No dia 23 de outubro de 2011, outra mulher grávida viveu apuros e constrangimento. Não havia médico para realizar o parto. Naquela ocasião, a gestante, da Colonização Paraguaçu, município de Nova Porteirinha, teve o filho literalmente na calçada. O parto foi realizado por equipe do Corpo de Bombeiros, por coincidência, na madrugada de domingo.

         E na madrugada de hoje, domingo de carnaval, a cena volta a se repetir. Por falta de médico, a grávida teve o bebê na porta do hospital. Desta vez o parto foi feito por policiais militares sobre orientação de militares do Corpo de Bombeiros, via telefone.

         Os policiais militares estiveram na porta do hospital para registrar a ocorrência diante da negativa de atendimento e internação da grávida. Devido a demora na solução do caso, a mulher ganhou o bebê sendo assistida dirretamente pelos policiais. Em nota, a PM alega que chamou o Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – que, por sua vez, alegou que a atribuição do serviço é de transporte e como a paciente (grávida) já estava na porta de hospital, não haverá necessidade do transporte.

         Diante dessa situação, o Tenente Rômulo, que comandava a equipe da PM, buscou auxílio, via telefone, do Corpo de Bombeiros. Da mesma forma que ocorreu em 23 de outubro do ano passado, hoje, após o parto improvisado na porta do hospital, a paciente e o bebê foram internados no hospital.

         Uma cena lamentável em Janaúba, que tem dois hospitais.