Secretária Municipal de Saúde confirma, em entrevista ao Jornal da Serra Geral, edição deste sábado, dia 15, a falta de médico no Hospital Regional de Janaúba, inclusive na manhã da última quinta-feira, dia 13 de outubro, quando um dos pacientes, meu tio Totone, com infarto, faleceu. Há algum tempo o Hospital Regional de Janaúba é gerenciado pela Prefeitura de Janaúba. Eis trecho da entrevista na coluna do Jornalista Fernando Lucas: "...esta semana mesmo, quando um dos médicos estava de plantão, sua esposa passou mal, ele teve que sair e aconteceu um triste episódio", disse Maria Gorete, se referindo a entrada de um paciente que, segundo os familiares, por falta de atendimento, veio a óbito.
NOTA MINHA: Não seria ideal o médico acionar o Samu ou Corpo de Bombeiros ou até mesmo pedir que uma ambulância buscasse à esposa e a levasse ao hospital onde ele (o médico) se encontrava? É sabido que nos finais de semana e feriados e no primeiro dia útil desses períodos aumenta a demanda de atendimento médico hospitalar. É estranho um hospital, caso do Hospital Regional de Janaúba (o nome está registrado em favor da Funorte), possuir apenas um médico de plantão para atender demanda de mais de 20 municípios do Norte de Minas e até do interior da Bahia. A minha colocação não é somente por causa da morte do meu tio, mas sim pela inércia do poder público em resolver o problema que é rotina nesse hospital há muito tempo e, pelo jeito, vai continuar. A minha família cita que a demora pelo atendimento médico ao meu tio foi por mais de 40 minutos. O hospital contesta e diz que foram apenas 20 minutos. Por mais que seja o menor tempo, a demora é inaceitável. Imagine se a vigilância da cadeia ausentasse do presídio e deixasse as celas abertas por 20 ou 40 minutos? É óbvio que senão todos, mas parte dos presos fugiriam. Imagine deixar a torneira aberta por 20 ou 40 minutos, com certeza a conta de água virá com valor maior. Imagine um carro na contra-mão numa rodovia movimentada por 20 ou 40 minutos, algo de anormal poderá acontecer. Imagine 20 ou 40 minutos de abalos sísmicos.Imagine o imaginário. Que cidade ou país é este?
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