MATO VERDE – A prefeita Beatriz Fagundes Alves (PT), do município de Mato Verde, no Norte de Minas, foi afastada do cargo por tempo indeterminado, em ação cautelar concedida pela juíza Polyana Lima Neves, da comarca de Monte Azul. Ela acatou a ação do Ministério Público (MP). Ficou determinado também que Beatriz e outros quatro réus terão que pagar multa, para fins processuais, o valor de R$ 5 milhões.
Já é a segunda vez que a prefeita é afastada do cargo. Ela e o filho, que é tesoureiro da prefeitura, já haviam sido afastados anteriormente. Em junho, quando o MP realizou operação na cidade, ficou determinado que ela se ausentaria, juntamente com secretários, contador e tesoureiros, por 30 dias. Na época, centenas de documentos foram apreendidos - eles poderão comprovar as acusações da formação de um esquema que causou rombo de R$ 2 milhões aos cofres municipais.
A juíza determinou também a anulação de todas as licitações promovidas pela prefeitura de Mato Verde, além da perda de bens ou valores acrescidos de forma ilícita, perda e funções públicas, suspensão dos direitos políticos por dez anos e o pagamento de multa civil em valor equivalente três vezes o valor do acréscimo patrimonial dos réus.
INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram inicio em 2010 quando o Ministério Público e a Polícia Federal receberam denúncias de irregularidades cometidas pela prefeita Beatriz Fagundes Alves e seu filho. Entre as acusações está a criação empresa Cardoso e Antunes Construtora L.T.D.A. A empresa estava no nome dos servidores municipais Letícia de Freitas Bem e Alécio Cardoso da Silva, considerados pela justiça como ‘laranjas’.
Outra denúncia é que a Prefeitura contratou 82 pessoas para trabalharem na limpeza da cidade, capinar os matos nas estradas e várias outras atividades de serviços gerais, mas depois de alguns meses demitiu os contratados. Porém, o pagamento continuou sendo feito, com a falsificação da assinatura dos contratados para sacar os cheques. (Fonte: jornal O Tempo)
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