BURITIZEIRO – A Polícia Federal prendeu em flagrante, ontem, sexta-feira, dia 24 de setembro, o tenente reformado do Exército Brasileiro, Wendel Nassau Nether, no distrito de Adão Colares, na zona rural de Botumirim, Norte de Minas, acusado de prática de pedofilia e, ainda, de posse ilegal de arma e munições exclusivas das Forças Armadas.
A operação foi realizada às 6 horas, cumprindo mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Izaias Caldeira Veloso, que responde pela comarca de Grão Mogol. Também foi realizada vistoria na casa do oficial, no bairro Jardim São Luiz, em área nobre da cidade de Montes Claros, onde foi apreendido um computador que será periciado.
O delegado Fernando Antônio Bonsack comandou pessoalmente a operação e anunciou que serão investigadas todas localidades onde ele atuou, em São João Del Rey, Pará e fronteira no Amazonas, para verificar se existe rastro de pedofilia.
É o segundo flagrante de pedofilia em menos de quatro meses, pois em junho foi realizada a prisão de Fredi Mendes, em Montes Claros. As investigações contra o oficial reformado tiveram início há dois meses, quando a Polícia Federal recebeu denúncia anônima de que ele armazenava imagens de crianças se relacionando sexualmente e ainda de armas.
As investigações forma intensificadas quando se constatou os casos, culminando com o pedido de busca e apreensão, que foi concedido. Na manhã de ontem, sexta-feira, duas equipes passaram a trabalhar simultaneamente na casa do acusado, em Montes Claros, e na sua fazenda, na zona rural de Botumirim, onde foi encontrado um pen drive com imagens de menores fazendo sexo, assim como um fuzil privativo do Exército e ainda uma pistola Luger.
Outras três armas legalizadas e farta munição foram apreendidas. O oficial negou que seja autor das imagens de pedofilia. Os policiais federais se impressionaram com a postura do acusado, que mesmo algemado, queria enfrentá-los, anunciando que se estivesse armado, a história seria diferente.
Como o fuzil tinha o brasão da República, constatando ser patrimônio do Exército, a investigação buscará saber como ele obteve a posse. Também foram apreendidas várias bombas caseiras. O advogado Jefferson de Souza, que defende o acusado, disse que seu cliente é um analfabeto digital e sabe apenas usar o computador como máquina de datilografia, onde está escrevendo um livro. (Fonte: jornal Hoje em Dia).
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