JANAÚBA (por
Oliveira Júnior) – O presídio de Janaúba, na região da Serra Geral, no Norte de
Minas, recebeu na tarde desta quinta-feira, dia 29 de janeiro, um grupo de
presos oriundos de Montes Claros, também aqui no Norte de Minas. O site do
jornalista Oliveira Júnior tentou, por duas vezes, junto à direção do presídio
de Janaúba sobre essa transferência e a quantidade de presos que a unidade
local recebia do presídio regional de Montes Claros. A direção do presídio de
Janaúba não informou, dizendo que possíveis informações seriam repassadas à
imprensa amanhã, sexta-feira, dia 30.
Conforme levantamento feito pelo site
do jornalista Oliveira Júnior, a cadeia de Janaúba deve ter recebido em torno
de 10 presos oriundos de Montes Claros, onde, desde o dia 23 deste mês, o
presídio regional está interditado por ordem da Justiça de Minas Gerais. A
ordem judicial é de que a partir dessa data, dia 23 de janeiro, o presídio
regional de Montes Claros, situado no bairro Jaraguá II, não receberia mais
presos devido a superlotação.
O presídio regional estaria com 1.035,
sendo que a capacidade é de 592 presos. A Justiça determinou que a Secretaria
de Estado de Defesa Social (Seds) cumprisse a interdição no presídio regional.
Diante disso, quem vem sendo preso em Montes Claros está sendo encaminhados
para presídios e cadeias no Norte de Minas. O presídio de Januária foi um dos
primeiros a receber a demanda e, nesta quinta-feira, dia 29, foi a vez do
presídio de Janaúba abrigar o excesso de detentos do presídio regional. A
direção do presídio de Janaúba não informou qual a atual quantidade de detentos
na unidade de Janaúba que, segundo cálculos da polícia, teria capacidade para
entre 70 e 90 presos, porém tem sido rotina ocorrer o dobro de preso diante da
capacidade da unidade prisional. Teve período em 2014 do presídio de Janaúba
abrigar mais de 200 detentos.
O presídio de Janaúba é administrado
pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) desde novembro de 2009. A
interdição do presídio regional de Montes Claros foi determinada pela Justiça
mediante denúncia da Defensoria e do Ministério Público e também da Pastoral
Carcerária.
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