Yes, nós temos
bananas, mas exportamos somente cerca de 1%. Segundo dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a setembro
foram exportadas 66,5 mil toneladas, dentro de um universo de produção de
aproximadamente 5,4 milhões de toneladas no mesmo período, segundo dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A partir do dia
3 de novembro, esse cenário pode mudar. Nesta data, vai chegar a Portugal o
primeiro contêiner de banana-prata de Minas Gerais, direto do Jaíba, Norte de
Minas. Embora se saiba que alguns Estados já tentaram vender essa modalidade,
não há registros oficiais da exportação desse tipo de banana no Brasil.
O embarque,
feito no dia 15 de outubro, faz parte de um projeto desenvolvido pela FAEMG com
apoio do Sebrae-MG. O objetivo é abrir as portas para a exportação da fruta
mineira.
O analista
ambiental do INAES, Pierre Vilela, explica que as pesquisas começaram há dois
anos para encontrar o ponto de colheita e a técnica ideal de resfriamento, para
que a fruta chegasse em boas condições de consumo na Europa. “Não exportamos
banana-prata no momento. Temos notícias de algumas tentativas no Ceará, mas
ainda não há escala”, afirma.
Segundo Vilela,
o primeiro embarque mineiro também está no campo da tentativa. “Precisamos
saber se o paladar do consumidor europeu vai ser compatível com uma fruta
considerada exótica. Ou seja, primeiro respondemos às dúvidas técnicas,
desenvolvendo o resfriamento para conservar a fruta por até 25 dias no navio. A
viabilidade econômica, a precificação serão outras etapas.”
O contêiner, com
5,7 toneladas de banana-prata, saiu do Jaíba e foi para a Europa pelo porto de
Salvador, na Bahia. “A região já é conhecida por exportar manga e limão. Agora,
abre-se o leque para os compradores que também terão a opção de comprar
banana”, considera o analista da unidade de agronegócio do Sebrae, Cláudio
Wagner.
Equador
Relembre. Em
2013, o Ministério da Agricultura cogitou liberar a importação de bananas do
Equador (maior exportador do mundo). O setor organizou-se para impedir,
alegando risco de pragas. (Fonte: Faemg)
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