Foto Oliveira Júnior
Valério Dias, ex-vice-prefeito de Janaúba.
JANAÚBA
– O ex-vice-prefeito de Janaúba, Valério Dias, enviou, recentemente, um ofício
ao deputado federal Humberto Souto solicitando que o mesmo faça um pedido ao
Governo de Minas para a liberação do pagamento do Programa Bolsa Verde aos
produtores rurais de Janaúba e da região da Serra Geral de Minas como um todo,
uma vez que alguns já foram cadastrados pelos órgãos do governo visando manter
a preservação da área verde em suas propriedades rurais. Segundo
Valério Dias, esta é uma forma de se amenizar os problemas enfrentados pelos
produtores rurais com a crise de seca que assola a região e, de quebra,
ajudaria o comércio local e regional, pois os valores disponibilizados
serviriam para aquecer o comércio.
O
referido programa visa estimular e premiar posseiros e pequenos proprietários
rurais mediante o pagamento por serviços ambientais. O objetivo é apoiar a
conservação da cobertura vegetal nativa em Minas Gerais, tendo no IEF
(Instituto Estadual de Florestas) uma secretaria executiva para este Bolsa
Verde. O
Programa foi instituído pela Lei 17.727/2008 e regulamentado pelo Decreto
45.113/ 2009. Fazem parte do Comitê Executivo do Programa Bolsa Verde, o IEF, o
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a Empresa de Assistência Técnica
Rural (Emater), o Gabinete do Secretário Extraordinário para Assuntos de
Reforma Agrária do Estado de Minas Gerais (Seara), o Instituto de Terras do
Estado de Minas Gerais (Iter), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado
de Minas Gerais (Faemg) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do
Estado de Minas Gerais (Fetaemg).
O
IEF, que atua como Secretaria Executiva do Bolsa Verde, é responsável pela
execução operacional, diretamente ou em articulação com outras instituições que
compõem o Comitê Executivo.
O
valor do benefício a ser pago para a modalidade de manutenção, que é a que está
sendo trabalhada em 2010, é de R$ 200, 00 por hectare/ano. Esse cálculo teve
como referência o valor dos rendimentos com as culturas de milho, feijão,
arroz, pecuária extensiva e semi-intensiva de carne e leite.Os
pagamentos terão duração de cinco anos consecutivos, desde que o proprietário
ou posseiro rural mantenha a área objeto do benefício protegida e conservada. A
concessão do benefício poderá ser suspensa no caso da não observância das ações
de proteção e conservação previstas, e os proprietários serão obrigados ao
ressarcimento das parcelas já recebidas.Em
2010, cerca de 7,2 milhões de reais foram usados para pagamento pela
preservação de quase 25 mil hectares. Esse recurso é proveniente do Fundo de
Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do
Estado de Minas Gerais (Fhidro). A partir de 2011 também serão usados um
montante das multas aplicadas em função de infrações à Lei nº 14.309. (Fonte: Jornal da Serra Geral)
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