Por
Daniel de Paula(*)
É
cada vez mais crítica a situação da região Nordeste do Brasil e do Norte de
Minas Gerais. Mais de duas mil cidades sofrem com a estiagem recorde em mais de
60 anos. Tem lugar que a seca de 2013 emendou com a do ano passado. Gente
passando dificuldade com o consumo do elemento básico à vida. Não se bebe,
come-se mal, não se previne doenças, não se pode curá-las. Prejuízo pra vida,
pro campo e pra economia de todo um País. Nem da agropecuária, que poderia – e
deveria – ser o porto seguro das regiões onde o índice pluviométrico é baixo,
pode-se esperar tanto. Nem os 30 bilhões de reais anunciados pela presidência
para combater a seca podem salvar tão já. Na prática, tem gado morrendo,
lavoura secando.
Os
prefeitos estão se unindo a produtores rurais para cobrar liberação de verbas
diretamente da União para os municípios, tentando evitar a morosidade dos
repasses. Mas isso não tem acontecido.
O
Norte de Minas se mobiliza com entidades de classe para buscar recursos. A
região que tem mais de três milhões de cabeças de bovinos, precisa se livrarem
rapidamente de um milhão e 500 mil animais. Do contrário pode perdê-los para
essas condições calamitosas.
Todos
os municípios estão em estado de emergência. A região onde o pecuarista é um
herói e de onde a produção de frutas é boa parte exportada, está com capim
estalando, córregos e rios como do Saco e o Mumbuca, em Salinas, quase que
totalmente secos.
O
governo mineiro pediu recursos à União para compra de equipamentos de retirada
de água do oásis norte-mineiro chamado represa do Bico da Pedra para tocar o
projeto de irrigação do Gorutuba, em Janaúba, cidade que tem a segunda mais
importante exposição agropecuária de Minas Gerais.
*Daniel
de Paula é publicitário e jornalista desde 1989. Trabalhou em impressos, rádios
e televisão a partir de São Paulo, onde foi criado e onde se formou, com
destaque para oito anos como comentarista dos canais Sportv/TV Globo até 2004.
Hoje é repórter do Canal do Boi, canal integrante do SBA (Sistema Brasileiro do
Agronegócio).
Fonte:
http://ruralcentro.uol.com.br/analises/dancando-para-a-chuva-3417
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