Reportagem
de Pedro Grossi*
Ao
longo do ano, a incidência solar em Minas Gerais tem potencial para gerar, em
média, entre 5,5 kW/h e 6,5 kW/h de energia por metro quadrado. Na região Norte
do Estado, onde a incidência solar é maior, esse índice médio sobe para 7 kW/h.
Os
dados estão no Atlas Solarimétrico, lançado ontem pelo governo de Minas e que
busca mapear o potencial do Estado para a geração de energia solar.
O
estudo aponta os locais no Estado onde eventuais investimentos em usinas
solares seriam mais produtivos. O investimento no atlas foi de R$ 2,85 milhões,
mas estão previstos outros R$ 40 milhões, num período de cinco anos, em centros
de pesquisa.
Embora
não tenha sido estipulada nenhuma meta, a ideia é que o material subsidie
investimentos crescentes em energia solar no Estado. A Cemig, que praticamente
não produz energia solar, se propôs a oferecer sua rede de transmissão para
estimular esses investimentos. "Nossa intenção é prestar um serviço para o
empresário que queira investir em usinas solares. Nós propomos a, nos níveis
comerciais vigentes, ligar esses parques a nossas redes de transmissão",
disse o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais. Ele ressaltou, no
entanto, que investimentos privados dependem de incentivos públicos.
Por
ser relativamente cara em comparação com a energia hidrelétrica, a energia
solar é subutilizada no Brasil. "Historicamente, é assim. É utilizada,
primeiro, aquela forma de energia que é mais barata para, em seguida, se
investir em alternativas", explicou o superintendente de tecnologia e
alternativas energéticas da Cemig, Alexandre Botelho.
Para
clientes industriais, cada kilowatt hora custa R$ 0,15 na matriz hidráulica e
R$ 0,40 na solar. Para clientes residenciais, há custo extra (média de R$ 30
mil) para a instalação de uma pequena usina particular.
(*jornal
O Tempo link http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=220280,OTE )
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