JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Depois de ter lançado o livro “O Anjo de Janaúba” no
qual conta a história de Maria Nivaldete Rocha Alencar, a Nivinha, a escritora
Selma Rocha Braga deseja que ela seja considerada a Santa de Janaúba. Em
contato com o JORNAL DA SERRA GERAL, nessa semana (fevereiro de 2013), a
escritora acredita que em breve a igreja católica irá se pronunciar sobre esse
assunto. “Já mandei cartas para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil) e para os Tribunais Eclesiásticos e espero que o Postulador da Causa
dos Santos venha atender esse pedido, atendendo mais uma intercessora de Deus
aqui na terra”, disse.
Foto Álbum de família
Selma Rocha, autora do livro que fala sobre os
raios de luz que sempre vêm a Terra.
Selma Rocha relata que desde 2006,
quando realizou em Janaúba e região um estudo aprofundado do caso para escrever
o livro, tem recebido informações através de telefonemas e e-mails nos quais as
pessoas disseram sobre graças alcanças por intercessão de Maria Nivaldete.
“Sinto que é chegado o momento de exaltarmos estão tão pequena criança aos
olhos humanos e com tanto merecimento nos planos de Divinos”, mencionou a
escritora que organiza um arquivo contando os milagres do “Anjo de Janaúba” e
que será entregue aos órgãos competentes da Igreja no sentido que ocorra a
beatificação de “Nivinha”.
O
“ANJO DE JANAÚBA” MOROU NO BAIRRO CERÂMICA
Uma menina simples que falava com o vento, que
enxergava a alma das pessoas, que cuidava dos pobres, que mesmo tão criança
aceitou sua missão, com dignidade. Essa é a história de Maria Nilvadete Rocha
Alencar ou simplesmente Nivinha, que morreu aos 13 anos, retratada no livro “O
Anjo de Janaúba”.Escrito por Selma Rocha Braga, sobrinha de “Nivinha”,
o livro relata em 77 páginas a vida da pernambucana de Bodocó que veio para o
Norte de Minas aos 7 anos. Ela morreu em 1953, vítima de picada de escorpião.
No livro, explica a sobrinha, são relatados alguns casos que aconteceram em
Janaúba e em outras localidades.“Nivinha” viveu em Janaúba entre os anos 40 e 50. Ela
nasceu em Bodocó, interior de Pernambuco. Filha de José Rocha de Oliveira e
Luzia Rocha Alencar, “Nivinha” foi vítima de picada de escorpião que culminou
na sua morte, em 1953. Segundo a escritora, o lugar onde o “Anjo de Janaúba”
viveu (início da rua Bom Jesus, bairro Cerâmica) é um solo sagrado. “Esta filha
de Janaúba era muito querida por todos que a conheceram. O que desejo neste
pequeno livro é tornar público que em Janaúba morou um anjo”, comentou a
escritora.
DUAS
GRAÇAS
“Tenho em mãos duas grandes graças: a de uma criança
que foi curada de câncer e a de uma senhora que foi curada do mal de
Parkinson”,citou a sobrinha do “Anjo de Janaúba”, que acrescenta “ainda aguardo
o laudo dos médicos para comprovação dos fatos. Este processo é demorado já que
são muitas as pessoas envolvidas”, afirmou Selma Rocha.Em maio de 2006, Selma esteve em Janaúba realizando
pesquisa de campo e colheu informações interessantes. “Tudo começou quando
estava na casa de minha mãe, que mora em Montes Claros, e o meu sobrinho, que
na época era um bebê, veio de Tocantins com minha irmã para visitar minha mãe.
Eu estava dormindo no quarto, ao lado dele, quando acordei com seu choro. Eu
tentei me levantar, mas não consegui. Meu corpo estava preso à cama e eu
pressenti uma moça de branco com uma fita azul na cintura que me disse: o
problema dele é no ouvido”.“Quando consegui me levantar, fui direto para o quarto
de minha irmã e contei o que eu vi. Minha mãe se lembrou no momento de sua
irmã, pois esta havia sido enterrada com um vestido branco e uma fita azul na
cintura. Na manhã seguinte, minha irmã levou meu sobrinho no pediatra que
constatou que ele tinha uma séria infecção no ouvido. Desde então comecei a
sonhar com ela (tia Nivaldete)”.
PEDIDOS
AO ANJO
A autora relata ainda que muitas pessoas, ao tomarem
conhecimento do “O Anjo de Janaúba”, fizeram muitos pedidos. No livro, explica
a sobrinha, são relatados alguns casos que aconteceram em Janaúba. “Quero
deixar aqui antecipadamente meu agradecimento ao povo de Janaúba que me acolheu
com muito carinho e respeito”, declarou Selma Rocha que escreveu o livro sobre
a tia que via a Santa Bernadete.
UMA
LUZ
“Como gosto de escrever e já trabalhei em alguns
jornais em Palmas,Tocantins, resolvi escrever sobre a vida dela apenas para não
deixar que estas memórias ficassem perdidas no tempo. Quando comecei a escrever
fui tomada por uma centelha de luz que me guiou de forma tão sublime por
caminhos que eu nunca poderia pensar em trilhar e minha vida tomou um novo
rumo”, frisa Selma Rocha. “O fato de muitas pessoas não conhecerem a história
de Maria Nivaldete se deve ao fato de sua mãe (minha avó) a proibir de falar
sobre o assunto. Hoje, tenho certeza que lá de cima ela entende o motivo da
escolha de Deus”, justifica a escritora.Selma Rocha ressalta que com o livro espera despertar
a fé das pessoas que andam um pouco adormecidas e mostrar que “existe um Deus
maravilhoso que nos criou e colocou cada coisa em seu lugar, cada povo em sua
terra, cada anjo em seu altar e que deu a Janaúba a honra de acolher uma
intercessora sua”.“Espero que as pessoas sintam a necessidade de apego
ao sublime, de trabalhar o Cristo interno que habita nelas e não dar espaço
para a vaidade, a soberba, a arrogância e o preconceito. Maria Nivaldete nos
ensina que somente o amor é capaz de curar tudo e que precisamos rezar muito,
pois a oração aumenta a luz da estrela e podemos compartilhar das belezas do
céu”, finaliza Selma Rocha, que possui familiares em Janaúba.
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