ESPINOSA
(por Oliveira Júnior*) – O prefeito de Espinosa, Lúcio Balieiro Gomes (DEM),
teve o mandato cassado nesta segunda-feira, dia 14 de janeiro, em decisão da
Justiça Eleitoral deste município com base em denúncia de compra de votos
durante a campanha eleitoral do ano passado. A Juíza Gicélia Milena Santos,
titular da 109ª Zona Eleitoral de Espinosa, proferiu a decisão acompanhando o
parecer do Ministério Público Eleitoral.
Na decisão, a Juíza Gicélia Santos cassa a
diplomação do prefeito Lúcio Balieiro e do vice-prefeito Roberto Rodrigues
Muniz (PTB). Além disso, a justiça impugna os direitos políticos de Lúcio Balieiro,
que já foi prefeito deste município, pelo período de 8 (oito) anos e ainda
multa de 25 mil UFIRs, correspondente a algo em torno de R$ 25 mil. Cabe recurso à decisão da Justiça Eleitoral deste município.
Diante do fato de que a chapa Lúcio
Balieiro/Roberto Rodrigues obteve mais de 50% dos votos, a Justiça Eleitoral
anuncia a realização de nova eleição no município de Espinosa. A data dessa
possível nova eleição será definida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Enquanto
isso, o presidente da Câmara Municipal assumirá o comando da prefeitura.
VEREADOR
MENOS VOTADO SERÁ PREFEITO
Conforme a decisão da Justiça da 109ª
Zona Eleitoral, neste momento o município de Espinosa passa a ser administrado
pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Wagner Lima de Souza (PRB), o
Waguinho do Estreito, eleito com 347 votos. Waguinho foi um dos menos votado.
Entre os 13 vereadores eleitos, ele obteve a 12ª colocação em votos. O menos
votado entre os eleitos foi Aparecido Rodrigues de Souza, vereador eleito pelo
PRB e pela mesma coligação do colega presidente e, agora, prefeito de Espinosa.
Aparecido teve 336 votos, muito abaixo dos 1.096 votos conseguidos pelo
vereador Carlito Antunes Cerqueira (PT), o Carlito do Motatáxi, o campeão de
votação no ano passado, em Espinosa.
Vereadores Carlinhos de Tone e Waguinho do Estreito (à direita na foto) assumem, por enquanto, a presidência da Câmara e a prefeitura de Espinosa, respectivamente.
Com a ascensão de Waguinho do Estreito
à chefia do Executivo municipal, até que seja realizada nova eleição para
prefeito – segundo a decisão proferida neste dia 14 de janeiro pela Justiça
Eleitoral de Espinosa – o comando da Câmara Municipal ficará a cargo do
vereador José Carlos Cruz Tolentino (PT), o Carlinhos de Tone, eleito com 614
votos, e vice-presidente do legislativo local. Na verdade, os quatro cargos da
mesa diretora são ocupados por vereadores da oposição ao então prefeito Lúcio
Balieiro, cassado nesta segunda-feira. Os petistas também detêm a função de
primeiro-secretário e segundo-secretário através dos vereadores Gilberto Rocha
Rodrigues (889 votos) e Antônio Barbosa de Souza Sobrinho, o Tone de Louro (617
votos), respectivamente.
A coligação de Lúcio Balieiro elegeu 6
vereadores, enquanto que a oposição, que teve como candidato a prefeito Milton
Barbosa (PT), elegeu 7 vereadores, sendo 5 na coligação do PT e dois composição
partidária do PRB.
Em outubro passado, o ex-prefeito Lúcio
Balieiro venceu a eleição ao conquistar 9.043 votos (50,42% da votação), com
uma vantagem de apenas 149 votos diante do segundo colocado, Milton Barbosa
Lima (PT), que ficou com 8.894 votos (49,58%). Foram computados ainda 812 votos
nulos e 207 votos em branco. O município de Espinosa possuía o eleitorado de
25.402 pessoas, sendo que 18.956 compareceram, enquanto que 6.446 eleitores
deixaram de votar, ou seja, a abstenção foi de 25,38%, uma das mais altas do
país. (*com apoio do Jornal de Espinosa)
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