Foto Manoel Freitas
Cheia do rio inundou casas e bares no porto de Matias Cardoso, em frente ao cais da cidade de Manga; casas e plantações nas ilhas também foram inundadas.
MANGA (por Manoel Freitas) – É cada vez mais preocupante a situação da população do município de Manga, sobretudo àquela que vive às margens do rio São Francisco. Tanto é verdade que, na tarde de hoje, sexta-feira, dia 20 de janeiro, o prefeito Joaquim Oliveira encaminhou à Coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais relatório do levantamento feito nas áreas de risco, que fundamenta seu pedido para que o governador do Estado reconheça o decreto de Situação de Emergência, e, dessa forma - além do plano de contingência - adote através das diversas secretarias que integram a estrutura do Govrno, outras medidas imediatas para salvaguardar a vida da população.
A cheia do rio São Francisco, desde a semana passada, mobilizou em Manga o Conselho Municipal de Defesa Civil, que adotou ações de prevenção a possíveis inundações. E, através de trabalho conjunto entre a Secretaria de Asssistência Social e a Guarda Municipal, foi promovido um levantamento da população que se encontra em áreas de risco.
Na sede do município, estão sendo monitoradas 413 pessoas, mas a situação é mais preocupante nas ilhas Coculo, Mangue, Manga Velha, Ingazeira e Veredinha: nada menos do que 681 pessoas residem em moradias que preocupam, face à elevação diária do volume do rio, razão pela qual pede ajuda, também, ao Governo Federal.
O mapeamento das áreas de risco e a elaboração de um cadastro detalhado, com dados dos moradores e das edificações, bem como detalhes do plano de contigência e amplo levantamento fotográfico, está sendo encaminhado igualmente ao Governo Federal. Isso, face a necessidade de intervenções técnicas para conter o processo de erosão de solo e o desmoronamento de barrancas às margens do rio São Francisco, que se intensificou nas últimas horas, sobretudo na região próxima ao Cais.
Sem contar que as balsas estão, de uma margem e da outra, sendo obrigadas a percorrer distâncias cada vez maiores para transportar veículos de passeio, ônibus, caminhões e passageiros. E, como o percurso é cada vez mais demorado, um número crescente de pessoas tem feito uso de pequenas embarcações para a travessia, o que requer mais cuidado ainda do poder público municipal.
O prefeito Joaquim Oliveira observou que as cheias no rio São Francisco, nos três últimos anos, tem agravado em muito a situação da encosta localizada à margem esquerda do São Francisco, que – além de apresentar avançado processo erosivo – revela um quadro cada vez mais preocupante em função de deslizamentos contínuos e sinais de abatimento e trincas no terreno, com índícios de erosão em sulco e perda de solo.
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